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EUA exigem que Ortega liberte os detidos “arbitrariamente”

Nicarágua passa por um momento de crise política e social

Jade Nunes - 08/09/2018 14h37

O ditador Daniel Ortega Foto: EFE/Jorge Torres

O Departamento de Estado americano exigiu nesta sexta-feira (7) ao governo do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que liberte “todas as pessoas detidas arbitrariamente” e avisou que fará com que o Executivo responda por sua “repressão e violência”.

A diplomacia dos Estados Unidos formulou esse pedido em comunicado, destinado a condenar a detenção “arbitrária” de seis estudantes, dos quais cinco já foram postos em liberdade.

– Pedimos a libertação de todas as pessoas detidas arbitrariamente. Também fazemos uma chamada ao governo de Ortega para que garanta a segurança de todos os que escolhem exercer seus direitos universais à liberdade de expressão e à liberdade de reunião – disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

– Todos os governos deveriam promover a democracia, a boa governança e os direitos humanos para um maior bem-estar de seus cidadãos. Continuaremos respaldando o povo da Nicarágua e faremos com que o Executivo de Ortega responda por sua repressão e violência – acrescentou.

Os seis estudantes aos quais o Departamento de Estado se referiu em seu comunicado são Ariana Moraga, Iskra Malespín, Judith Mairena, Gracia Rivera, Alejandro Centeno e Edwin Carcache, este último membro da opositora Aliança Cívica e o único que permanece sob custódia das autoridades.

Para Nauert, estes estudantes são o “último exemplo” das milhares de pessoas que protestaram contra Ortega, apenas para serem “fustigadas, detidas, desaparecidas ou inclusive assassinadas”.

Os protestos contra Ortega começaram no dia 18 de abril devido a fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que exige sua renúncia, depois de 11 anos no poder, com acusações de abuso de poder e corrupção em suas costas.

A crise, a mais sangrenta na Nicarágua desde os anos 80, deixou entre 322 e 448 mortos, segundo números de grupos humanitários, enquanto o Executivo contabiliza 198 vítimas mortais.

Em recente entrevista à Agência Efe em Manágua, o presidente Ortega negou que tenha sufocado os protestos com repressão, disse não se sentir responsável pelas mortes nas ruas durante os últimos meses e culpou os EUA e o narcotráfico de financiar, apoiar e armar grupos violentos.

*Com informações da Agência EFE

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