Paulo Moura - 15/03/2021 12h17 | atualizado em 15/03/2021 12h35

O governador do Mississipi, o republicano Tate Reeves, assinou na última quinta-feira (11) uma lei que proíbe a participação de atletas transgênero em esportes escolares femininos, tornando-se o primeiro estado americano a tomar tal atitude este ano. Na prática, a medida exige que as escolas públicas e universidades designem “suas equipes esportivas de acordo com o sexo biológico”.

Segundo Reeves, uma ordem executiva de janeiro, emitida pelo presidente Joe Biden, sobre a participação do público transgênero nos esportes, deixou o estado “sem escolha”, a não ser promulgar a Lei de Justiça do Mississippi. O projeto foi aprovado em ambas as câmaras do legislativo estadual por maioria esmagadora, a Câmara por 81-28 e o Senado por 34-9.

– Vamos proteger nossas meninas e garantir a elas uma chance justa nos esportes das escolas públicas. Eles não deveriam ser forçados a competir contra machos biológicos – disse Tate no Facebook.

Com entrada em vigor em julho, a lei também exige a proteção das escolas que mantêm equipes esportivas separadas da reclamação ou investigação. Os defensores do projeto argumentaram que as mulheres trans têm uma vantagem injusta sobre as mulheres nascidas [assim], porque elas têm “força, velocidade e resistência categoricamente diferentes”.

Além do Mississipi, ao menos 20 estados diferentes estão considerando medidas proibitivas contra atletas trans nos esportes femininos.

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