Pleno.News - 17/12/2018 12h52 | atualizado em 17/12/2018 14h50

A morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi ainda está rendendo polêmica. Principalmente depois que gravações reveladas pela CIA colocam o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman como principal mandante do assassinato ocorrido dentro do consulado de Istambul. Nesta segunda (17), o Conselho da Shura da Arábia Saudita criticou o Senado dos Estados Unidos por ter responsabilizado Mohammed pelo crime.

– Os filhos do reino da Arábia Saudita rejeitam categoricamente que se exponham seus líderes, as guardas das duas Mesquitas Sagradas (rei) e o príncipe herdeiro, ou que se solape o respeito do reino – disse um comunicado oficial emitido pelo secretário-geral do Conselho da Shura, Mohammed Dakhail al Mutiri.

Mutiri ressaltou que a política interna dos EUA não pode ser um espaço para tratar de questões envolvendo a Arábia Saudita. Segundo o secretário-geral, isso pode afetar as relações históricas e estratégicas entre países amigos. Para o governo saudita, os senadores americanos se basearam em “afirmações e alegações sem fundamento que continham ingerências flagrantes nos assuntos internos”.

A Arábia Saudita considera a morte de Khashoggi um “crime deplorável, que não reflete a política do reino, nem suas instituições”. O presidente Donald Trump definiu a Arábia Saudita como um grande aliado na região e se opôs a afirmação de que o assassinato de Khashoggi modifique as relações entre os dois países.

* Com informações da Agência EFE

Leia também1 "Não consigo respirar", disse Khashoggi antes de morrer
2 Polícia suspeita que corpo de Khashoggi pode estar em sítio
3 França sanciona sauditas por assassinato de jornalista