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EUA: Diagnósticos de disforia de gênero em menores sobem 70%

Psicóloga alerta que resultado pode ser fruto de "falsos positivos"

Pleno.News - 11/10/2022 10h12 | atualizado em 11/10/2022 11h28

Diagnósticos de crianças e adolescentes com disforia de gênero aumentou Foto: Unsplash

Uma análise realizada pela empresa de tecnologia médica Komodo Health apontou um aumento de 70% na quantidade de crianças e adolescentes que foram diagnosticados com disforia de gênero nos Estados Unidos entre 2020 e 2021. A disforia é caracterizada como uma desconexão entre o sexo com que o indivíduo nasce e a chamada identidade de gênero.

A análise da Komodo foi feita com base em seu banco de dados, que possui 330 milhões de americanos, a pedido da agência de notícias Reuters. Foram encontradas 121.882 crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, com o diagnóstico de disforia de gênero entre 2017 e 2021. O número cresceu em 70% apenas no último ano, quando foram registrados 42 mil diagnósticos.

Entre 2017 e 2021, 17.683 crianças e adolescentes tomaram drogas para bloquear a puberdade ou tomaram hormônios do sexo oposto. O número de pacientes nessa faixa etária que utilizaram os medicamentos saltou de 2.394, em 2017, para 5.063, em 2021. Nos últimos 15 anos, o número de clínicas de mudança de sexo para crianças nos Estados Unidos saltou de zero para 100.

Entretanto, os efeitos a longo prazo dos medicamentos sobre a fertilidade e a função sexual permanecem obscuros. Em 2016, a Food and Drug Administration (FDA) – equivalente norte-americana do que é a Anvisa no Brasil – ordenou que os fabricantes de bloqueadores da puberdade adicionassem um aviso sobre problemas psiquiátricos ao rótulo dos medicamentos.

O alerta em questão foi inserido depois que a agência recebeu vários relatos de pensamentos suicidas em crianças que os tomavam. Atualmente, os bloqueadores da puberdade e os hormônios sexuais não têm aprovação da FDA para tratamento de gênero em crianças.

À Reuters, a agência do governo dos EUA responsável pela pesquisa médica e de saúde pública afirmou que “as evidências são limitadas sobre se esses tratamentos representam riscos à saúde de curto ou longo prazo para adolescentes transgêneros e de gênero diverso”.

AUMENTO PODE SER FRUTO DE “FALSOS POSITIVOS”
A psicóloga clínica Erica Anderson, que trabalhou na clínica de gênero da Universidade da Califórnia em São Francisco, e presidiu a seção americana da Associação Profissional Mundial da Saúde Transgênero (WPATH), disse temer que o que está acontecendo sejam “falsos positivos” nos diagnósticos de disforia.

– Temo que o que estamos recebendo são falsos positivos e os submetemos [os jovens] a mudanças físicas irreversíveis – disse Erica à agência Reuters.

Na Europa, a preocupação de que muitas crianças pudessem ter sido desnecessariamente colocadas em risco levou países como Finlândia e Suécia, que inicialmente adotaram os cuidados de gênero para crianças, a agora limitarem o acesso aos cuidados.

O Reino Unido, por sua vez, está fechando sua principal clínica para atendimento de gênero infantil e reformulando o sistema depois que uma revisão independente descobriu que alguns funcionários sentiram “pressão para adotar uma abordagem afirmativa inquestionável”.

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