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Estudantes bloqueiam 450 centros de ensino na França

Atos fazem parte de nova jornada de protestos contra o presidente Macron

Ana Luiza Menezes - 11/12/2018 16h59 | atualizado em 11/12/2018 17h00

Estudantes pedem que o governo francês volte atrás nas reformas anunciadas (Foto Ilustrativa) Foto: Pixabay

Nesta terça-feira (11), milhares de estudantes bloquearam 450 centros de ensino em toda a França. Segundo o Ministério da Educação, os atos fazem parte de uma uma nova jornada de protestos contra as últimas medidas educativas anunciadas pelo presidente Emmanuel Macron.

Os números são similares aos da última sexta-feira, quando cerca de 400 institutos foram afetados pelas mobilizações, e 50 deles ficaram completamente bloqueados. Agora, porém, 60 deles estão totalmente fechados.

A associação de estudantes UNL-SD cifrou em dezenas de milhares o número de alunos que aderiram à convocação de uma “terça-feira negra”, que a organização qualificou como o maior protesto desde o início das mobilizações, no último dia 3 dezembro.

MOTIVOS
Os estudantes pedem que o governo volte atrás nas reformas da prova final de bacharelado e do sistema de acesso à universidade, previstas para 2021. Além disso, eles exigem a supressão do serviço nacional universal que Macron pretende iniciar e a gratuidade de transporte e de material escolar.

Outra reivindicação dos estudantes é a anulação do aumento das taxas de inscrição para os universitários estrangeiros de fora da União Europeia, que pagarão um valor dez vezes maior a partir do próximo curso letivo.

PERIGO
Algumas cidades registraram incidentes relacionados com os protestos. Em Saint-Ouen, nos arredores da capital, um jovem de 17 anos ficou ferido levemente por um disparo de bala de borracha.

Em uma escola de Nantes, no noroeste da França, a polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes após um enfrentamento entre eles e as forças da ordem, enquanto em Saint-Denis, nos arredores de Paris, cerca de 30 manifestantes foram detidos.

As faculdades de Tolbiac e Sorbonne, em Paris, foram fechadas ontem como medida de segurança. A Universidade de Paris-Nanterre foi bloqueada pelos estudantes.

A LUTA CONTINUA
As mobilizações desta “terça-feira negra” acontecem poucos dias depois da detenção de mais de 100 jovens, que estariam envolvidos em protestos, em uma escola em Mantes la Jolie, a 50 quilômetros de Paris. Na ocasião, eles foram obrigados a ficar de joelhos pela polícia.

A associação UNL-SD pediu aos manifestantes que protestassem de joelhos e com as mãos por trás da cabeça em solidariedade com os alunos da escola em Mantes la Jolie, onde hoje alguns contêineres foram incendiados em forma de protesto.

Além disso, a associação pediu que alunos das escolas de ensino médio e universidades, funcionários e docentes se juntem à greve convocada pelo Sindicato Nacional de Ensino Superior (SNESUP-FSU) na próxima quinta-feira para uma “convergência de lutas”.

*Com informações da Agência EFE

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