Esplanada das Mesquitas segue fechada
A segurança em Jerusalém segue reforçada pelo 2º dia seguido
Natalia Lopes - 15/07/2017 11h34 | atualizado em 17/07/2017 10h43
Neste sábado (15), a Esplanada das Mesquitas de Jerusalém mantém suas portas fechadas pelo segundo dia consecutivo. Israel adotou a medida excepcional nesta sexta-feira após o ataque na Cidade Antiga, o que causou a morte de dois policiais.
O xeque Omar Kiswani, diretor da Mesquita de Al Aqsa, afirmou à Agência Efe que esta é a primeira vez que uma proibição deste tipo é decretada em uma sexta-feira de orações.
Os estabelecimentos comerciais da Cidade Antiga, que ficaram fechados durante toda a sexta-feira, voltaram a abrir suas portas neste sábado. O número de turistas era pequeno diante da forte presença policial, tanto nas ruelas da cidade murada, no leste ocupado da Cidade Santa, como em seus acessos.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas pediu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que cancelasse a medida e, de acordo a agência de notícias “Wafa”, exigiu ao governo jordaniano, que é responsável pela segurança do local segundo o status quo, que faça uma intermediação com Israel para sua reabertura.
Na manhã de sexta-feira, três árabes-israelenses armados com pistolas e metralhadoras saíram do recinto sagrado e abriram fogo contra os policiais que estavam posicionados perto do Portão dos Leões, e depois retornaram ao complexo, onde ocorreu uma troca de tiros.
Os três agressores árabes-israelenses morreram por disparos das forças de segurança.
Horas depois, as autoridades de Israel detiveram o grande mufti de Jerusalém, Mohamed Hussein, quando ele dirigia as orações à multidão nas imediações e encorajava as pessoas a rezarem na mesquita de Al Aqsa, dentro do complexo, apesar do fechamento.
Depois de cinco horas de interrogatório sobre o incidente, o grande mufti foi liberado ao pagar uma fiança de 10.000 shekels (2.470 euros), segundo ele mesmo declarou neste sábado em uma entrevista ao jornal “Al Ayyam”.
A ampla esplanada abriga a Mesquita de Al Aqsa e o santuário do Domo da Rocha e é considerada o terceiro lugar mais sagrado no islã, enquanto é o primeiro para o judaísmo, que o chama de Monte do Templo, em cujos pés se encontra o Muro das Lamentações.
* Com informações da agência EFE