Erupção de vulcão em Tonga foi mais forte que bomba atômica
Segundo a Nasa, fenômeno superou a bomba de Hiroshima em centenas de vezes
Thamirys Andrade - 25/01/2022 17h20 | atualizado em 25/01/2022 17h40

A Nasa (Agência Espacial Norte Americana) informou que a erupção do vulcão submarino em Tonga foi centena de vezes mais intensa que a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
– Calculamos que a quantidade de energia liberada pela erupção foi equivalente a entre 5 e 30 mt (um megaton = 1.000 quilotonelada) – declarou o cientista da Nasa Jim Garvin, nas redes sociais.
Segundo o Observatório da Terra da agência espacial, o vulcão provocou uma coluna de fumaça de 40 km e chegou a ser ouvido no Alasca, que está localizado a mais de 9.000 km de distância.
O fenômeno mudou a configuração da ilha vulcânica Hunga Tonga-Hunga Ha’apai. Antes, ela era formada por duas ilhas unidas por novas terras formadas em 2015. Com a erupção, as terras mais recentes desapareceram, assim como partes das mais antigas, informou a Nasa.
A erupção provocou também ondas anormais em países a milhares de quilômetros de distância, um alto número de descargas elétricas e variação de pressão atmosférica em todo o mundo.
Segundo o governo de Tonga, mais de quatro quintos da população foi afetada, e 62 pessoas da ilha de Mango tiveram que se refugiar na ilha de Nomuka. Também atingida, Nomuka perdeu seu hospital em meio ao tsunami e registrou cerca de 20 feridos.
Atualmente, as ilhas atingidas estão recebendo auxílio internacional para obterem suprimentos, água, itens de higiene e barracas para os desabrigados.
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