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Pleno.News - 12/02/2021 21h17 | atualizado em 12/02/2021 21h23

Dr. Anthony Fauci alertou para variante brasileira da Covid-19 Foto: EFE/EPA/Oliver Contreras

A variante de coronavírus identificada inicialmente no Brasil preocupa o governo dos Estados Unidos, que não planeja derrubar a restrição de entrada de passageiros brasileiros tão cedo. A informação é do diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas e um dos principais nomes do governo Biden na estratégia de combate à pandemia, Anthony Fauci.

– O Brasil tem uma mutação que é uma preocupação para nós. É uma mutação que é muito similar à variante da África do Sul, que tem escapado da proteção de muitos anticorpos monoclonais e que diminui a eficácia de anticorpos induzidos por duas vacinas que estão disponíveis – disse Fauci, ao ser questionado pelo Estadão durante coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros nesta sexta-feira, organizada pelo Centro de Imprensa Estrangeira dos EUA.

O governo Biden promete aplicar ao menos 100 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Moderna até o fim de abril, nos 100 primeiros dias de gestão do novo presidente americano. Mas o governo se preocupa com a possível redução de eficácia da imunização da população diante das novas cepas de coronavírus.

Nesta semana, pesquisa publicada na revista Nature Medicine mostrou que a vacina da Pfizer é capaz de neutralizar variantes do coronavírus que apareceram no Reino Unido e na África do Sul. Pesquisa com a vacina da Moderna também indica que o imunizante é eficaz diante de variantes. Há no governo americano, no entanto, cautela com relação às novas cepas no momento de esforço para reduzir o número de casos e mortos por Covid-19 no país. Por isso, o fluxo de viagens entre Brasil e EUA não deve voltar ao normal tão cedo.

– Então há uma preocupação com relação às viagens. Não acredito que haverá nenhuma mudança no futuro imediato das restrições de viagem impostas ao Brasil – afirmou Fauci.

Desde maio de 2020, o governo americano proíbe a entrada de passageiros que estiveram no Brasil nos 14 dias que antecedem a chegada aos EUA. A restrição foi estabelecida por Donald Trump, diante do aumento no número de casos de Covid-19 no país. Antes, Trump já havia estabelecido restrições semelhantes a passageiros oriundos da China, Irã, Reino Unido, Irlanda e 26 países europeus que compõem a zona Schengen.

Dois dias antes do término de seu mandato, Trump derrubou a proibição para passageiros do Brasil, Reino Unido, Irlanda e países europeus. Ao assumir a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu a medida do antecessor e recolocou as restrições. Além disso, Biden adicionou a África do Sul à lista, em razão da variante identificada no país.

*Estadão

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