Marcos Melo - 26/04/2025 21h53 | atualizado em 28/04/2025 12h51

Neste sábado (26) foi realizado o funeral do papa Francisco. Agora, a Igreja Católica se prepara para escolher quem o sucederá, ocupando o lugar deixado por Pedro, conforme liturgia eclesiástica do Vaticano. Este processo, denominado conclave, deve dar início de 15 a 20 dias após a morte do pontífice, período compreendido entre os dias 6 e 11 de maio.

Durante o período vacante, o camerlengo assume o cargo de maneira interina, até que a Igreja escolha seu novo representante. Atualmente, essa responsabilidade recai sobre o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrel, de 77 anos.

Dos 252 cardeais, 135 estão aptos a votar, já que é preciso ter idade inferior a 80 anos. O ato da votação é realizado na Capela Sistina, no Vaticano, em ritual que remete ao século 13. Na ocasião, os participantes se comprometem, através de um juramento, a ficar em silêncio. Então, as portas são seladas.

No primeiro dia é aberta a votação, e nos demais, até quatro votações diárias podem ser realizadas. Para ser considerado eleito, o religioso precisa obter 2/3 dos votos.

Não é imposto um prazo limite para terminar o conclave, que pode perdurar por vários dias ou até mesmo semanas. Na história da Igreja, a eleição que levou mais tempo para sua conclusão alcançou a marca de dois anos e dez meses.

Quando finalizada, o resultado é anunciado ao mundo através de uma fumaça branca que sai de uma chaminé, instalada no telhada da capela. Ela é fruto da queima das cédulas de votação, com auxílio de aditivos químicos, para que se obtenha a cor desejada. Quando a fumaça é escura, na cor preta, significa que não se chegou a um nome, então a votação continuará. Quando branca, há um novo papa eleito.