Entenda a importância da Lua de Sangue para os cristãos
Fenômeno acontecerá no fim deste mês e poderá ser visto parcialmente no Brasil
Gabriela Doria - 18/05/2021 15h12 | atualizado em 18/05/2021 16h14

Cercado de mistérios, o fenômeno da Lua de Sangue continua intrigando e dividindo opiniões. Prevista para ocorrer no fim deste mês, na noite de 26 de maio, a Superlua Azul de Sangue é objeto de várias teorias, dentre elas a possível relação com passagens descritas na Bíblia Sagrada.
Há correntes teológicas que defendem o acontecimento como um sinal de que o fim dos tempos está próximo. Outras descartam essa possibilidade. Afinal, por que os cristãos devem prestar atenção nos céus?
O fenômeno previsto para o fim do mês será o primeiro eclipse total desde 2019.
Segundo o pastor Mark Biltz, um dos maiores defensores do significado bíblico da Lua de Sangue, o evento coincide com datas importantes do calendário cristão. Biltz relaciona ainda o evento a uma passagem bíblica.
– Isto é fascinante profeticamente porque há uma seção da Bíblia Sagrada em que Zacarias recebe a revelação sobre um cavalo vermelho que tirará a paz da terra – afirmou Blitz.
Entre as passagens que podem ser relacionadas ao fenômeno, está a descrita no livro de Joel 2:31: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”.
A profecia da Lua de Sangue também pode ser encontrada em Apocalipse 6:12: “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue”.

O QUE DIZEM ESTUDIOSOS DO TEMA
Apesar das datas coincidentes e da expectativa de eventos catastróficos, o pastor batista, linguista e hebraísta Luiz Sayão vê com cautela a possível relação do evento astronômico com o fim dos tempos descritos na Bíblia.
Em entrevista ao Pleno.News, Sayão afirmou que o evento não é um sinal definitivo.
– De fato a Bíblia fala de sinais no céu antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. Mas é preciso tomar cuidado com uma associação direta e imediata com alguns fenômenos que nós temos, como se isso fosse determinante em relação à volta de Jesus ou a um elemento escatológico final e definitivo – ponderou Sayão.
Apesar de não descartar a possibilidade dos eventos lunares serem sinais bíblicos, Sayão chama a atenção para as orientações dadas no Novo Testamento.
– Seria muito importante que prestássemos atenção aos elementos colocados pelo Novo Testamento, pelas próprias palavras de Jesus e dos apóstolos, sobre nossas atitudes em relação aos últimos dias. A ideia é que nós devemos ter um tipo de vida marcada por santidade e por uma preocupação com aquilo que é mais importante no que diz respeito a agradar a Deus – defendeu o estudioso.
Para ele, o bom senso deve guiar as teorias sobre o fenômeno.
– São sinais genéricos e não determinantes em relação ao final dos tempos. Ainda que prestemos atenção a esses e a outros sinais, é preciso muito cautela para não termos uma atitude que vá além de uma atenção criteriosa e marcada pelo bom senso – orientou o pastor.
Na contramão dessa corrente teológica, há quem descarte totalmente a possibilidade. De acordo com o pastor e doutor em teologia Israel Belo, os eventos astronômicos não passam de fenômenos da natureza.
– É uma bobagem, não tem qualquer significado espiritual. Tirar qualquer conclusão dele é pura astrologia, sem relação com a Bíblia – declarou o pastor.
ONDE VER O FENÔMENO ESTE ANO
O eclipse lunar total do fim do mês deve ser visível da Austrália, da Nova Zelândia, da parte do Oeste dos Estados Unidos, do Oeste da América do Sul e do Sudeste asiático. O fenômeno será visto apenas parcialmente pelos brasileiros.
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