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Engenheiro de ponte que desabou alertou sobre riscos

Há 40 anos, profissional falou que seria preciso fazer manutenção constatante na construção

Jade Nunes - 20/08/2018 13h17

Ponte desaba em Gênova Foto: EFE/Luca Zennaro

O engenheiro Riccardo Morandi, projetista do viaduto que desabou em Gênova no dia 14 de agosto, advertiu em 1979 que a ponte necessitava de manutenção constante pela corrosão à qual estava exposta como consequência do ar vindo do mar e da poluição.

Morandi realizou então um relatório, que foi publicado pelo jornal La Verità, no qual chamava a atenção sobre a corrosão à qual a obra estava exposta.

– Tarde ou cedo, e talvez dentro de alguns anos, será necessário recorrer a um tratamento para eliminar qualquer rastro de óxido nos reforços mais expostos, para depois cobrir tudo com elastômeros de altíssima resistência química – advertia então.

Morandi afirmou que a estrutura tinha sido construída em concreto sólido, mas que sofria uma degradação rápida como consequência da “alta salinidade” procedente dos ventos do mar, situado a apenas dois quilômetros de distância.

Este ar, misturado com os fumaças das chaminés das fábricas industriais adjacentes, gerava uma deterioração dos materiais e uma “perda de resistência” que era preciso levar em conta.

– As superfícies externas das estruturas, mas especialmente as expostas ao mar e portanto mais diretamente atacadas pelos vapores ácidos das chaminés, começam a mostrar fenômenos de agressão de origem química – comentava Morandi em seu relatório, segundo as mesmas informações.

Finalmente, o engenheiro concluía insistindo na necessidade de proteger “a superfície de concreto, para aumentar sua resistência química e mecânica à abrasão” e sugeria usar “resinas e elastômeros sintéticos” para proteger esta ponte, que foi inaugurada em 1967.

*Com informações da Agência EFE

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