Em carta, Líbano pede comida, remédios e dinheiro ao Brasil
Brasil tem comunidade libanesa de 10 milhões de pessoas
Gabriela Doria - 06/08/2020 21h27

O governo do Líbano enviou ao Brasil cartas listando itens e bens de necessidade emergencial após a tragédia no porto de Beirute nesta semana. Entre os produtos listados, o país pede comida, medicamentos e até materiais de construção, como vidro, alumínio e material elétrico.
A carta foi disseminada para vários grupos pelo consulado do Líbano em São Paulo. A comunidade libanesa no Brasil, entre nativos e descendentes, chega a 10 milhões de pessoas, número maior do que a própria população do Líbano.
– A explosão, como todo mundo viu, deixou o país numa situação de calamidade lamentável. Já estava passando por uma crise econômica série, uma pandemia difícil e, para piorar, teve a destruição em massa de habitações, de hospitais, depósitos para alimentares no porto além de feridos e dos mortos – disse o governo libanês.
Ainda no documento, Beirute solicita “ajuda médica de qualquer tipo – hospitais de campanha, material cirúrgico e especialmente medicamentos”. Além de alimentos como trigo e farinha, “todo tipo de grãos”, “até poder repor o que foi queimado nos depósitos portuários”.
O pedido também se estende materiais de construção civil, dado o grande número de pessoas que perderam suas casas. O governo também indica que uma “ajuda monetária será bem-vinda”.
Com medicamentos em falta, o governo libanês também pede o envio de insulinas, anticoagulantes, antibióticos, vacinas, remédios para tratar câncer, analgésicos e uma série de outros produtos médicos.
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