8/1: Eduardo Bolsonaro visita brasileiros presos na Argentina
Prisões foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes
Monique Mello - 04/12/2024 13h10 | atualizado em 05/12/2024 09h47
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está na Argentina, onde teve início nesta quarta-feira (4) uma nova edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC). Antes do evento, no entanto, o parlamentar visitou dois brasileiros que foram presos na Argentina por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os brasileiros foram presos na ação que condenou os envolvidos nos protestos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com Eduardo, o objetivo da visita é “levar uma palavra de alento e conhecer juridicamente em detalhes técnicos a defesa deles, além de fazer valer os acordos internacionais”.
– A gente está aqui pra buscar a liberdade que a gente perdeu (…) Pessoas que estão sendo condenadas injustamente como se fossem terroristas. É simplesmente desumano! – disse o deputado.
O parlamentar conversou com Vivi, esposa de Rodrigo de Freitas Moro, e Agnes, filha de Joelton Gusmão de Oliveira. Ambos foram condenados a 17 anos.
– Só tem eu e meus filhos aqui… A família são os patriotas que têm nos ajudado. Estamos sobrevivendo com ajuda das pessoas, da igreja – disse Vivi.
– Viemos para cá para ter a nossa liberdade, coisa que não estávamos tendo lá [no Brasil] – continuou, dizendo que o marido foi preso porque estava “com uma bandeira e uma garrafinha na mão”.
Já Agnes, alega que no processo que incrimina seu pai “não tem vídeo dele, não tem nada”.
Rodrigo e Joelton estão entre os 61 condenados considerados foragidos pelo STF. Em uma determinação judicial, emitida pela 3ª Vara Federal da Justiça Argentina a pedido do Supremo, foi estabelecido que eles fossem detidos e colocados à disposição da Justiça para o processo de extradição para o Brasil.
Eduardo Bolsonaro disse estar à disposição para ajudar e fez um apelo durante a gravação.
– Se você está no Brasil nos vendo e entender que está ocorrendo uma injustiça e possa fazer alguma coisa para ajudar (…) Não há mal que dure para sempre. Deus queira que a gente esteja num momento próximo dessa inflexão. Porque eu acredito muito na justiça divina, mas a gente tem que fazer por onde aqui na Terra.
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