Pleno.News - 18/05/2021 16h58 | atualizado em 18/05/2021 17h40

O presidente argentino, Alberto Fernández, disse nesta terça-feira (18) que Brasil e Argentina não devem se “separar” e que precisam “fazer um grande esforço” para se complementar e crescer.

– Brasil e Argentina são um povo indissolúvel. Estamos absolutamente unidos e nada deve nos separar – declarou Fernández, que acrescentou que, em tempos de pandemia, ambos estão “mais unidos do que nunca”.

O mandatário apoiou o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, quando os países mantêm visões diferentes sobre o rumo do Mercosul, além das diferenças existentes entre os presidentes.

– Ele (Scioli) me ajuda a resolver muitos problemas que Argentina e Brasil enfrentam. E muitos desafios. Argentina e Brasil são um espaço geográfico e econômico comum – comentou o presidente, complementando que é preciso “fazer um grande esforço” para que ambos “possam crescer” e se desenvolver.

Fernández pediu que os brasileiros “confiem na Argentina, invistam na Argentina e criem trabalhos na Argentina”.

As declarações de Fernández foram feitas em um evento de anúncio de investimentos em uma das duas instalações do brasileiro Grupo Dass no país, em Eldorado, na província de Misiones, onde produz calçados e roupas esportivas.

– Acreditem mais em nós, como nós acreditamos mais em vocês, por que esta é a oportunidade que temos – analisou Fernández.

O presidente argentino lamentou que Scioli tenha perdido as eleições presidenciais de 2015, quando Mauricio Macri venceu. Fernández responsabiliza a política econômica do conservador pela crise enfrentada desde 2018.

– Daniel, além de ser um grande amigo, se tornou um grande embaixador. É meu irmão, meu alter ego. Acreditem nele porque ele tem exatamente o mesmo olhar que eu – afirmou.

O Grupo Dass fabrica e comercializa calçados, roupas e acessórios esportivos das marcas Tryon, Fila e Umbro no Brasil, e tem acordos para produzir para marcas como Nike, Adidas, Asics, Converse, Reebok e Under Armour. O grupo conta com mais de 15 mil funcionários em 12 unidades, localizadas em Brasil e Argentina, segundo comunicado oficial.

*EFE

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