Prédio que abriga sede do Grupo Clarín sofre ataque na Argentina
Edifício foi atacado com coquetéis molotov
Pleno.News - 23/11/2021 16h08 | atualizado em 23/11/2021 16h40
O edifício em que fica a sede do Grupo Clarín, maior conglomerado de comunicação da Argentina, foi atacado com coquetéis molotov, segundo divulgou nesta terça-feira (23) a companhia, que informou que não houve feridos no incidente.
– Lamentamos e condenamos esse grave ato, que, à primeira vista, aparece como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação. Esperamos o urgente esclarecimento e sanção – indicou o grupo, por meio de comunicado.
Segundo informações publicadas no site do jornal Clarín, na noite de segunda-feira (22), pelo menos nove pessoas encapuzadas lançaram de sete a oito artefatos incendiários contra uma das entradas do edifício, que está localizado no bairro de Barracas, em Buenos Aires.
O prédio, no momento do ataque, estava fechado. Os coquetéis molotov atingiram uma porta do hall de acesso, o que chegou a provocar um princípio de incêndio.
– Não foram registradas vítimas nem pessoas feridas – revelou o comunicado emitido pelo Grupo Clarín.
A nota indica que a empresa registrou a ocorrência junto as autoridades, que estão analisando os vídeos que gravaram a ação dos responsáveis pelo ataque.
A investigação do caso ficou a cargo do Juizado Federal de número 9, sob a responsabilidade do juiz Luis Rodríguez, que classificou a ação como de “intimidação pública”.
A Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa) emitiu um comunicado em que “condena energicamente” o ataque contra a sede do Grupo Clarín.
– É uma expressão violenta de intolerância; um grave atentado à liberdade de expressão – aponta a nota.
No texto, o grupo também pede o “rápido esclarecimento” sobre o caso.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, manifestou-se nesta terça-feira sobre o ataque, também em tom de condenação ao ato.
– Quero expressar nosso repúdio ao episódio ocorrido na frente da sede do jornal Clarín. A violência sempre altera a convivência democrática. Esperamos que os fatos sejam esclarecidos e [que] os autores sejam identificados a partir da investigação que está em curso – escreveu o chefe de governo, no Twitter.
O ministro de Segurança do país, Aníbal Fernández, também utilizou o Twitter para manifestar repúdio à ação contra o Grupo Clarín.
– Confio que sejam identificados os autores e que os responsabilizem – afirmou.
*EFE
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