Disney pede que juíza rejeite processo de conselho indicado por DeSantis
Solicitação foi feita nesta sexta-feira
Pleno.News - 14/07/2023 16h49 | atualizado em 14/07/2023 18h16

Nesta sexta-feira (14), a Walt Disney Company solicitou que uma juíza da Flórida, Estados Unidos, rejeite uma ação movida por um conselho fiscal criado pelo governador do estado, o republicano Ron DeSantis, com quem a gigante do entretenimento trava uma batalha judicial desde 2022.
Em um tribunal de Orlando, os advogados da Disney pediram à juíza Margaret Schreiber que rejeite uma ação movida em maio pelo Distrito de Supervisão do Turismo da Flórida Central contra os esforços da empresa para impedir a aquisição de terras onde seus parques temáticos estão localizados neste estado.
Na ação, o distrito pede a anulação de acordos favoráveis à empresa que foram feitos pelo órgão fiscalizador anterior, o Reedy Creek Improvement District, e que violam a legislação estadual.
A Disney, que já tem outra disputa contra DeSantis na Justiça Federal de Tallahassee, capital do estado, defende que qualquer decisão desta corte seria discutível tendo em vista que os acordos em questão já foram invalidados por uma lei aprovada no Congresso estadual, de maioria republicana.
A empresa pede à magistrada que, caso ela opte por não arquivar a ação, o processo seja suspenso até que seja resolvida a ação movida em Tallahassee, apresentada em abril, contra o governador, que é um dos candidatos à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024.
O Distrito de Supervisão de Turismo da Flórida Central, criado este ano por lei promovida por DeSantis e que se encarregou de selecionar os membros de seu conselho de administração, aponta que seria errado suspender o processo, pois o resultado traria consequências para o caso federal.
O processo faz parte da briga entre Disney e DeSantis, iniciada depois que um ex-executivo da empresa criticou uma lei que proíbe abordar questões de identidade de gênero e orientação sexual em escolas da Flórida, uma regra conhecida por seus detratores como “Não diga gay”.
Em resposta, DeSantis assinou uma legislação este ano reconfigurando o distrito de Reedy Creek, por meio do qual a Disney desfrutou de autogoverno em seus parques temáticos durante mais de 50 anos, e trocou pelo novo Distrito de Supervisão de Turismo da Flórida Central, com membros escolhidos por ela.
A Walt Disney Company processou o governador da Flórida por fazer campanha contra a empresa por motivos ideológicos e lançar uma campanha de retaliação.
Em entrevista à CNBC, na quinta-feira (13), o CEO da Disney, Bob Iger, apoiou o processo legal, dizendo que “a noção de que a Disney está sexualizando crianças é francamente absurda e imprecisa”.
No mês passado, os advogados de DeSantis pediram ao tribunal federal que mantivesse o julgamento até 2025. Ou seja, muito depois do processo primário do Partido Republicano ter terminado e até mesmo os eleitores terem escolhido o novo presidente dos EUA nas eleições gerais de novembro de 2024.
O grupo Disney havia proposto 15 de julho do próximo ano como data para o início do julgamento, que coincide com a Convenção Nacional Republicana que definirá o candidato daquele partido.
*EFE
Leia também1 Preso tem execução adiada por falta de injeção letal
2 Venezuela veta observadores europeus nas eleições de 2024
3 Parlamento russo aprova projeto que proíbe mudança de gênero
4 OMS classifica aspartame como "possivelmente cancerígeno"
5 Venezuela: Evangélicos fazem ato contra PL antidiscriminação