Paulo Moura - 03/12/2022 13h57 | atualizado em 05/12/2022 19h29

O diretor artístico da marca de luxo Balenciaga, Demna Gvasalia, pediu desculpas nesta sexta-feira (2) pela campanha da empresa que fez uma associação entre crianças e acessórios de conotação sexual. A propaganda gerou uma enxurrada de críticas à marca e acusações de que a empresa estaria estimulando o abuso infantil.

– Quero pessoalmente me desculpar pela escolha artística incorreta (…) e assumo minha responsabilidade. (…) Embora, às vezes, eu queira provocar com meu trabalho, nunca tive a intenção de fazer isso com um assunto tão horrível quanto o abuso infantil, que eu condeno – afirmou.

A controversa campanha da Balenciaga mostra duas imagens de meninas em pé em um sofá e em uma cama, segurando um ursinho de pelúcia com tiras pretas, itens inspirados em práticas sexuais sadomasoquistas.

Além das imagens das crianças, uma outra foto mostrava documentos que traziam trechos de uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre pornografia infantil.

Sobre a questão dos documentos, a Balenciaga anunciou no início da semana que apresentou uma “queixa” pela inclusão na campanha de “documentos não validados”, “resultado de uma negligência irresponsável”. Nesta sexta, porém, o diretor-geral da marca, Cédric Charbit, anunciou que a empresa decidiu não continuar com a ação.

De acordo com o jornal norte-americano New York Post, a ação, movida na Justiça de Nova Iorque, foi dirigida contra a produtora North Six e o decorador Nicholas Des Jardins e reivindicava 25 milhões de dólares (R$ 130 milhões) em danos.

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