Departamento de Estado dos EUA combate perseguição religiosa
Uma reunião foi marcada para julho para promover o fim da intolerância
Ana Luiza Menezes - 29/05/2018 19h04 | atualizado em 29/05/2018 20h46
O Departamento de Estado norte-americano revelou um plano para acabar com a perseguição religiosa em todo o mundo.
O secretário de Estado, Mike Pompeo, está assumindo um papel importante na pressão pela liberdade religiosa em todo o mundo, que incluirá uma reunião de cúpula marcada para 25 a 26 de julho com aliados dos Estados Unidos e países considerados como grandes infratores, na esperança de promover a causa contra a intolerância.
– Não será apenas um grupo de discussão. Se trata de promover uma ação – disse Pompeo nesta terça-feira (29) ao divulgar o relatório anual do Departamento de Estado sobre a liberdade religiosa global.
O relatório destacou problemas em países como Rússia, Irã, Afeganistão e Coréia do Norte.
– Estamos ansiosos para identificar formas concretas de combater a perseguição e garantir um maior respeito pela liberdade religiosa para todos – declarou o secretário de Estado.
Com isso em mente, Sam Brownback, embaixador-geral dos EUA para a liberdade religiosa internacional, está ajudando a aprovar uma lei que criou quando atuou como senador do estado norte-americano do Kansas. Nesta terça, ele divulgou seu relatório anual sobre como expor países que perseguem outras religiões.
– Temos de levar adiante a liberdade religiosa. Devemos defendê-la em todos os cantos do mundo. É por isso que o secretário está promovendo a primeira reunião ministerial sobre o avanço da liberdade religiosa – afirmou Brownback.
Mas enquanto Brownback acredita que “expor e envergonhar” esses países seja importante, ele também admite que algum tipo de punição, como sanções econômicas ou humanitárias, devem acontecer.
– Até você realmente impor uma consequência lá fora, coisas ruins continuam acontecendo – disse ele.
Mais cedo, em entrevista exclusiva à CBN News, rede de TV cristã dos Estados Unidos, Brownback disse que também quer convencer os políticos globais de que a promoção da liberdade religiosa pode reduzir o terrorismo e impulsionar a economia.
– Há uma correlação direta – disse ele sobre o assunto.
Brownback disse ainda que uma meta importante para a cúpula será mostrar como os países se machucam ao não permitir que as pessoas tenham liberdade de culto.
– Você tem menos terrorismo se um país é religiosamente livre porque as pessoas, então, podem expressar sua fé, em vez de lutar contra você. Isso é um fato apresentado em todos os dados econômicos e científicos – explicou Brownback.
Ele também disse à CBN News que os Estados Unidos estão fazendo todo o possível para levar o pastor americano Andrew Brunson de volta para casa.
Atualmente, Brunson permanece dentro de uma prisão turca.
O governo turco o acusou de fazer parte de um grupo que supostamente encenou a fracassada tentativa de golpe de 2016 no país.
Brownback está pedindo à Turquia que liberte e liberte Brunson, que vive no país de maioria muçulmana há mais de 20 anos.