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Defesa diz que vítima entrou no banheiro 2 minutos após jogador

Atleta está preso desde 20 de janeiro

Pleno.News - 01/02/2023 09h33 | atualizado em 01/02/2023 12h16

Daniel Alves Foto: EFE/Yuri Edmundo

A defesa do jogador Daniel Alves argumentou a um tribunal de apelação de Barcelona que os vídeos da boate onde ele teria supostamente estuprado uma jovem “desmentem de forma radical” a versão da vítima, porque não a mostram em um clima de “terror, pavor ou dominação”, e sustenta que o relato dela pode ser uma “distorção narrativa”.

No recurso apresentado à Audiência de Barcelona para solicitar a libertação provisória do jogador, o brasileiro se oferece para entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, usar uma tornozeleira eletrônica, pagar a fiança necessária e comparecer, até mesmo diariamente, à corte.

O recurso, redigido pelo advogado Cristóbal Martell, alega que não há risco de fuga do brasileiro – argumento no qual o juiz de primeira instância baseou sua decisão de mandá-lo para a prisão sem fiança em 20 de janeiro. A defesa do jogador ressalta que Daniel Alves prestou depoimento voluntariamente à polícia e não tem mais o “músculo econômico de renda regular” que a promotoria apontou como fator que poderia facilitar sua saída da Espanha.

Daniel Alves lembra que foi demitido do Pumas, clube do México que defendia, e que, como resultado de sua acusação de estupro, perdeu vários contratos de patrocínio, publicidade e imagem com diferentes marcas.

AMBIENTE “LÚDICO E FESTIVO”
Martell discute em seu recurso as provas que levaram o juiz a mandar Daniel Alves para a prisão, principalmente utilizando os vídeos das imagens anteriores ao momento em que a jovem e o jogador entraram no banheiro de uma área reservada da boate Sutton, onde ele supostamente a estuprou na noite de 30 de dezembro do ano passado.

De acordo com o documento, os vídeos mostram que antes daquele momento o jogador e a jovem, que foi à boate com uma prima e uma amiga, estavam conversando de “forma lúdica e festiva, cercados de muitas pessoas em um espaço aberto”, o que está “longe” do cenário de “intimidação ambiental”.

Em seguida, acrescenta o advogado, a gravação desmente que Daniel Alves tenha fechado a porta do banheiro onde ocorreu o suposto estupro: primeiro é ele quem entra no local e, dois minutos depois, a jovem o faz, “sem que Dani Alves lhe abra passagem”.

Para a defesa do jogador, este é o momento “anterior ao encontro sexual no pequeno cubículo ou banheiro” que a jovem alega ter vivido “um clima de terror, pavor ou microcosmo de dominação, cenário que as imagens refutam da forma mais radical”.

Martell considera que a versão da vítima deve ser colocada em “dúvida” quando as imagens como um todo são observadas, que mostram “uma área VIP que, longe de ser uma área fechada e intransponível, está aberta e pode ser vista do salão e é frequentada por um grupo muito grande de pessoas que perambulavam e interagiam com proximidade”.

Consequentemente, conforme a defesa argumenta, as imagens “conflitam e contradizem” a versão da jovem e sugerem que seu relato “do que aconteceu na solidão de ambos no cubículo do banheiro também pode ser adornado com elementos idênticos de distorção narrativa”.

DEFESA ALEGA QUE NÃO HÁ RISCO DE FUGA
Em seu recurso, a defesa de Daniel Alves afirma que ele se apresentou voluntariamente à polícia quando já sabia que estava sendo acusado de um crime sexual e que havia sido noticiado que ele seria preso.

Além disso, os advogados do jogador alegam que, após assistir ao funeral de sua sogra em Santa Cruz de Tenerife, ele poderia ter voltado para o México – onde jogava pelo Pumas -, mas escolheu ir a Barcelona em 17 de janeiro para “voluntariamente” prestar depoimento no escritório de seu então advogado, sendo preso após em seguida.

A defesa também argumenta que Daniel Alves tem uma residência com sua esposa em Esplugues de Llobregat, na região de Barcelona, e que ele tem raízes pessoais, familiares, sociais e empresariais na região, o que eles acreditam que acaba com qualquer risco de fuga.

*EFE

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