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Cuba se indigna por seguir na lista de terrorismo dos EUA

Governo diz ter ficado "surpreso e irritado" com a decisão do país norte-americano

Pleno.News - 25/05/2021 16h59 | atualizado em 25/05/2021 18h10

Chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

O governo cubano ficou “surpreso e irritado” nesta terça-feira (25) com a decisão do Departamento de Estado dos Estados Unidos de manter Cuba na lista dos países que não cooperam plenamente com os esforços antiterroristas de Washington.

– O governo Biden mantém Cuba na lista dos países que não cooperam na luta contra o terrorismo. É surpreendente e irritante a calúnia aplicada pela política de Trump e suas 243 medidas de bloqueio – escreveu no Twitter o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.

A ilha foi novamente incluída nesta lista em maio do ano passado pelo governo de Donald Trump, que, em janeiro, também devolveu Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo, uma das últimas decisões do ex-presidente americano.

Os EUA justificaram a medida referindo-se à presença em Cuba de integrantes da guerrilha do ELN, que viajaram para Havana (onde ainda permanecem) em 2017, para iniciar negociações de paz (agora paralisadas) com o governo colombiano.

O governo do presidente colombiano Iván Duque pediu reiteradamente a Cuba a extradição dos membros da delegação negociadora, algo que Havana rejeita, considerando que violaria os preceitos do Direito Internacional em que se baseiam os protocolos do diálogo de paz.

O país tinha deixado as duas listas em 2015, na fase de aproximação promovida pelo então presidente americano Barack Obama e paralisada por Trump, a qual, durante seu mandato, redobrou as sanções a Havana e interrompeu o “degelo”.

A inclusão de Cuba na lista de países que “não cooperam plenamente” com os esforços de antiterrorismo dos EUA implica uma proibição da venda de armas às nações que nela figuram: Cuba, Venezuela, Irã, Coreia do Norte e Síria.

Embora em Cuba (que atravessa sua pior crise em três décadas) se esperasse que a chegada ao poder do democrata Joe Biden, em janeiro, fosse amenizar as tensões bilaterais vividas com Trump e promover uma nova reaproximação, a Casa Branca afirmou duas vezes que a mudança de política em relação à ilha não é uma prioridade em sua agenda.

*EFE

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