Cuba iniciará testes de vacina contra a Covid em humanos
Etapa inicial será de administração da vacina em 20 voluntários que têm de 19 a 59 anos
Pleno.News - 24/08/2020 17h45

Cuba iniciou nesta segunda-feira (24), em Havana, os testes clínicos em humanos do primeiro projeto do país de vacina contra o novo coronavírus, cujas duas primeiras fases deverão durar até o início de novembro.
Os ensaios da fórmula, desenvolvida por pesquisadores do Instituto Finlay de Vacinas e batizada como Soberana 01, foram autorizados após a inscrição, em 13 de agosto, no registro do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cedmec).
De maio até agosto, a vacina cubana superou com êxito a etapa de experimentação em animais. Essa é a primeira fórmula de um país da América Latina que foi aprovada para testes clínicos, segundo o diretor do Instituto Finlay, Vicente Pérez.
A etapa inicial será de administração em 20 voluntários que têm de 19 a 59 anos. Uma semana depois, em mais um grupo de 20 pessoas, entre 60 e 80 anos de idade.
A segunda fase começará em 11 de setembro, com a vacinação dos demais voluntários, até alcançar o número de 676 previsto na programação.
Os participantes dos testes receberão duas doses da vacina, em um intervalo de 28 dias e, a partir daí, será estudada a resposta ao longo de dois meses.
O Instituto Finlay fixou a data de 11 de janeiro de 2021 como a de conclusão dos estudos da vacina, cujos resultados estariam disponíveis em 1º de fevereiro, para publicação duas semanas depois.
Pérez explicou, ao apresentar a programação, que o testes clínicos serão “randomizados, controlados, adaptáveis e multicêntricos”. O objetivo, segundo o especialista, é avaliar a “segurança, reatogenicidade e imunogenicidade” no esquema de duas doses.
Apesar dos ensaios em humanos começarem agora, em 28 de julho, três dos pesquisadores da equipe que desenvolveu a potencial vacina se inocularam a fórmula.
Diferentemente das outras candidatas mais avançadas, produzidas a partir de vetores adenovirais e vírus inativos, a fórmula cubana se baseia em uma proteína recombinante, embora, até o momento, não haja mais dados sobre o desenvolvimento.
*Com informações da agência EFE
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