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Cristina Kirchner tem prisão preventiva confirmada

No entanto, foro privilegiado de senadora a mantém fora da cadeia

Gabriela Doria - 07/03/2019 21h00 | atualizado em 07/03/2019 21h57

Cristina Kirchner segue livre graças ao foro privilegiado Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal da Argentina confirmou nesta quinta-feira (7) a ordem de detenção imposta por um juiz federal contra Cristina Kirchner. Ela é acusada de supostamente acobertar iranianos acusados do atentado contra uma associação mutual judaica em 1994. No entanto, a ex-presidente argentina continuará em liberdade graças ao foro privilegiado do cargo de senadora.

A Corte Suprema de Justiça rejeitou por unanimidade o recurso apresentado por Cristina para reverter a ordem de prisão, ainda em dezembro de 2017.

Cristina, vários membros do seu governo e outros colaboradores foram indiciados por suposto acobertamento agravado, por meio de um pacto com o Irã, de terroristas desse país acusados do ataque contra uma associação judaica em 1994, que deixou 85 mortos e ainda segue impune.

O caso foi aberto pela denúncia que o promotor Alberto Nisman realizou em janeiro de 2015 contra o governo anterior. Quatro dias depois disso, Nisman apareceria morto com um tiro na cabeça, em condições que ainda são investigadas, mas que indicam que foi assassinado.

Nisman assegurava que um pacto assinado entre a Argentina e o Irã em 2013 para investigar conjuntamente o atentado buscava, na realidade, acobertar os acusados como suspeitos do ataque. A denúncia implicava o ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani e o ex-chanceler Ali Akbar Velayati.

A prisão foi expedida porque Cristina poderia, segundo o juiz, dificultar o desenvolvimento das investigações.

Além disso, o magistrado solicitou sua detenção após indiciá-la no que ficou conhecido como “Caso dos Cadernos”. Trata-se de uma suposta rede de subornos entre poderosos empresários e ex-funcionários do kirchnerismo.

No entanto, a detenção de Cristina dependerá da votação de seus colegas de Senado. Eles decidirão se Cristina perde o foro privilegiado ou não.

*Com informações da Agência EFE.

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