Cristina Kirchner recebe ameaça de morte, diz ministro argentino
Ameaça foi feita por telefonema diretamente a ela e está sendo investigada
Pleno.News - 13/09/2022 10h25 | atualizado em 13/09/2022 10h45
O ministro de Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, revelou à imprensa nesta terça-feira (13) que a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, recebeu uma ameaça de morte que está sendo investigada. Segundo afirmou à imprensa o titular da pasta, a ex-chefe de governo – que recentemente foi alvo de uma tentativa de assassinato -, recebeu a ameaça em um telefonema que não foi feito diretamente a ela.
– É uma mensagem, mas nada deve ser minimizado, caso contrário você começa a se preocupar com o que não fez – disse Fernandez.
O titular da pasta de segurança afirmou que conversou com Kirchner por telefone ainda nesta segunda (12) para contá-la da ameaça.
– Ela está bem, é muito forte – garantiu Fernández.
Segundo o ministro, “imediatamente”, o caso foi informado à chefia local de polícia, que avaliará a necessidade de reforço na segurança da vice-presidente e que comandará a investigação do caso. O inquérito ficará a cargo da juíza María Eugenia Capuchetti, que já está à frente do caso do atentado do último dia 1º contra Kirchner.
O ataque ocorreu em frente à casa da vice-presidente, no bairro Recoleta, em Buenos Aires. Em meio a uma multidão que cumprimentava Kirchner do lado de fora da residência, um homem apontou uma pistola para o rosto dela, mas não houve disparo; a arma teria falhado, segundo a polícia.
Autoridades argentinas identificaram esse homem, que foi preso, como o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Nascido em São Paulo, filho de uma argentina e um chileno, ele tem residência na Argentina desde a década de 90 e já possuía antecedente criminal por portar armas não convencionais.
A namorada do acusado, Brenda Uliarte, também foi presa por suposto envolvimento com o caso.
A Argentina vive um período de alta tensão política, e Cristina Kirchner é alvo de um pedido de prisão por parte do Ministério Público no contexto de um julgamento no qual ela é acusada de corrupção na concessão de obras públicas durante seus mandatos como presidente (2007-2015).
Desde então, grupos a favor e contra a ex-presidente e atual vice têm se manifestado nas ruas de Buenos Aires. Em pronunciamento após o atentado, Alberto Fernández afirmou que considera o atentado o “acontecimento mais grave” na Argentina desde o retorno à democracia, em 1983.
*EFE
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