Ana Luiza Menezes - 12/08/2018 15h30 | atualizado em 12/08/2018 18h07

Neste domingo (12), a ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, classificou o governo de seu sucessor, Mauricio Macri, como “catástrofe econômica e social”. Ela confirmou ainda que na segunda-feira começará a depor como parte de uma investigação sobre uma suposta rede de propinas durante o kirchnerismo.

Atualmente senadora, ela publicou uma mensagem para seus seguidores no Twitter. Cristina pediu que os militantes que a apoiam não se mobilizem amanhã para acompanhá-la quando se apresentar ao juiz Claudio Bonadio, nos tribunais federais de Buenos Aires.

– Coloquemos todo o nosso esforço e energia para acompanhar e ajudar aqueles que estão passando muito, mas muito mal, nesta verdadeira catástrofe econômica e social que é o governo de Mauricio Macri – declarou.

Cristina confirmou que vai se apresentar aos tribunais, como fez em cada requerimento judicial. Seu depoimento neste caso, aberto por causa de uma investigação do jornal La Nación, aponta para um suposto pagamento de milhões de dólares em dinheiro por empresários a membros de seu governo e do seu marido, o falecido Néstor Kirchner.

A investigação foi iniciada a partir de cadernos escritos por Oscar Centeno, que foi motorista do ex-secretário de Coordenação do Ministério de Planejamento argentino, Roberto Baratta. O político supostamente coordenava os pagamentos feitos em troca de licitações de obras públicas nesse período.

Há duas semanas, Bonadio pediu autorização ao Senado para inspecionar os domicílios de Cristina Kirchner, que conta com privilégios parlamentares, a fim de achar dados relacionados com o caso.

*Com informações da Agência EFE

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