Covid: Uruguai será último país da América do Sul a vacinar
Nação acumula 50.752 casos de infecção pelo novo coronavírus
Pleno.News - 19/02/2021 17h56 | atualizado em 19/02/2021 18h12
A corrida para obter as vacinas começou no final de 2020 na América do Sul, e desde então vários países anunciaram orgulhosamente a concretização e a chegada de suas respectivas doses, para começarem a ver a luz ao final do túnel da pandemia de Covid-19, o que, no entanto, ainda não aconteceu no Uruguai.
Embora o presidente do país, Luis Lacalle Pou, tenha anunciado em 23 de janeiro a aquisição de quase 3,8 milhões de doses da CoronaVac e da vacina da Pfizer, além das 1,5 milhões de doses já asseguradas pelo mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), a verdade é que ainda não há certeza sobre a data de chegada ao país.
Desde que a emergência sanitária foi declarada devido à chegada do coronavírus em território uruguaio, em 13 de março de 2020, o país acumulou 50.752 casos de infecção, dos quais 5.218 estão ativos. Há 71 pacientes em unidades de terapia intensiva, e 558 morreram.
Em mais de uma ocasião, as autoridades uruguaias declararam que as vacinas chegarão entre o final de fevereiro e o início de março e tomaram medidas para estarem prontas para a vacinação, com a aquisição de ultrafrigoríficos, um plano de imunização e a preparação de locais para a inoculação.
No entanto, o comentário de Lacalle Pou em agosto de 2020, quando disse que tentaria fazer de seu país o primeiro da fila para a aquisição de vacinas, está longe de ser verdade, já que, por enquanto, toda a região as adquiriu, exceto o Uruguai.
De acordo com o site Our World In Data, a Argentina já vacinou mais de 600 mil pessoas; o Brasil, quase 6 milhões; o Equador, mais de 8 mil; o Chile, mais de 2,3 milhões; a Bolívia, mais de 10 mil, e o Peru, cerca de 118 mil.
Além de ter comprado quase 4 milhões de doses junto a Pfizer e a Sinovac, o Uruguai não exclui a negociação com a Rússia para a aquisição da Sputnik V, que já está em outras nações vizinhas, como a Argentina e a Bolívia.
– Em teoria, deveríamos receber em março doses equivalentes a 3% da população – afirmou o chefe de governo uruguaio, no último dia 23.
O processo de aquisição de doses não escapou de polêmicas. Depois do anúncio de Lacalle Pou, o diretor do Instituto Butantan, responsável pela fabricação da CoronaVac na América do Sul, Dimas Covas, declarou que o Uruguai ainda não tinha firmado qualquer acordo.
A informação foi negada por Lacalle Pou, que garantiu existir um acerto entre as partes, no qual participou um intermediário autorizado pela Sinovac. Depois disso, Covas disse que Uruguai e Colômbia mantêm um “diálogo direto” com o laboratório para fornecimento imediato.
Por enquanto, Lacalle Pou evita a referência a datas específicas, e as autoridades falam de um processo bem-sucedido de “pré-vacinação”, para preparar a logística necessária para a campanha de imunização, além de planejar o que fazer com os frascos excedentes.
*EFE
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