Covid na Argentina: Fernandez decreta lockdown de 9 dias
De acordo com o presidente, o país vive pior momento da pandemia
Monique Mello - 21/05/2021 14h25 | atualizado em 21/05/2021 14h50
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta quinta-feira (20) um endurecimento das restrições sanitárias devido ao aumento de casos de infecção pelo Coronavírus.
Em uma mensagem transmitida em cadeia nacional de televisão, Fernández declarou que, entre o próximo sábado (22) e o dia 30 deste mês e durante o fim de semana de 5 e 6 de junho, haverá severas restrições à movimentação e à atividade econômica e social em regiões do país consideradas em alto risco e alarme de saúde. Outras medidas gerais estarão em vigor até 11 de junho.
– Estamos atravessando o pior momento desde que a pandemia começou. Todos os dados científicos indicam que o problema é extremamente grave na Argentina de hoje, com um número recorde de infecções e mortes – justificou.
Nas regiões mais afetadas, as atividades sociais, econômicas, educacionais, religiosas e esportivas serão suspensas, e somente os negócios essenciais funcionarão. Só será possível circular durante horas limitadas e perto de casa. A partir de 31 de maio, a rotina será retomada com as restrições em vigor até quinta-feira.
Fernández afirmou que haverá ajuda econômica do Estado para setores sociais vulneráveis e também para empresas afetadas pelas novas restrições.
A Argentina foi o país com o lockdown mais longo no ano passado: sete meses de confinamento. No entanto, o número de óbitos por Covid-19 não diminuíram.
Nesta quinta-feira (20), foi atingido um recorde diário de infecções, com 39.652, e a terça-feira (18) foi o dia mais “letal” da Covid-19, com 745 mortes confirmadas em 24 horas. Desde o início da pandemia, o país vizinho acumulou 3,4 milhões de casos e 72.699 óbitos causados pelo vírus SARS-CoV-2.
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