Covid-19 atinge a República Democrática do Congo
Comunicado informou que origem do caso registrado ainda está sob investigação
Pleno.News - 27/03/2020 21h57 | atualizado em 27/03/2020 22h27
O novo coronavírus chegou até a Região Nordeste da República Democrática do Congo (RDC), que foi atingida por um surto de ebola durante mais de um ano e meio. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (27), pelas autoridades de saúde do país situado na África Central.
O secretário técnico do Comitê Nacional Multissetorial de Resposta ao Ebola da RDC, Jean-Jacques Muyembe, relatou o primeiro caso confirmado da Covid-19 na província de Ituri, uma das duas afetadas pela epidemia, juntamente com a vizinha Kivu do Norte, conforme corrigiu o Ministério da Saúde horas depois do anúncio.
– A origem do caso ainda está sob investigação – disse Muyembe, em comunicado divulgado na manhã desta sexta-feira.
Até o momento, a República Democrática do Congo, que na última terça-feira declarou estado de emergência e fechou as fronteiras nacionais para conter o coronavírus, confirmou 54 infecções e quatro mortes devido à doença.
A Covid-19 chegou ao país, enquanto as autoridades estão cautelosamente confiantes de que podem proclamar, na primeira quinzena de abril, o fim da epidemia do ebola, declarada em 1º de agosto de 2018.
No último dia 3, o último paciente infectado com a doença e que estava internado no nordeste da República Democrática do Congo recebeu alta de um centro médico na cidade de Beni, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS recomendou aguardar dois períodos completos de incubação (42 dias) após o último paciente tenha dado negativo pela segunda vez, antes de declarar o final do surto.
De acordo com os últimos números oficiais, os casos de contágio somam 3.444 pessoas (3.310 casos confirmados e 134 prováveis) e o número de mortes é estimado em 2.264, dos quais 2.130 deram positivo em exames laboratoriais.
O atual surto de ebola foi dificultado pela recusa de algumas comunidades em receber tratamento e insegurança na área, onde grupos armados e milícias rebeldes têm atacado centros de tratamento.
*Com informações da Agência EFE
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