Monique Mello - 23/09/2021 14h14 | atualizado em 23/09/2021 15h28

Desde 2018, cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, planejavam infectar com coronavírus “vitaminados” populações de morcegos que vive em cavernas. As informações são do jornal britânico The Telegraph, em publicação desta quarta-feira (22).

Os cientistas solicitaram financiamento de 14 milhões de dólares (R$ 73 milhões) do laboratório norte-americano EcoHealth Alliance para realizar o projeto cerca de 18 meses antes do anúncio oficial do surto da Covid-19.

De acordo com documentos apresentados pelo jornal, os cientistas de Wuhan supostamente planejavam implementar os coronavírus modificados, transmitidos pelo ar, em habitats de morcegos na China, para eles, assim, criarem imunidade e ser possível protegê-los de doenças que podem ser transmitidas aos humanos. Os pesquisadores chineses também queriam introduzir através da pele dos animais “nanopartículas que contêm novas proteínas quiméricas”.

O financiamento foi recusado pelo laboratório dos EUA porque os experimentos “poderiam pôr em perigo os residentes locais”.

A China já negou diversas vezes a teoria de surgimento da Covid-19 no laboratório de Wuhan. Em março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a versão completa do relatório elaborado pela equipe internacional, que diz que a versão de vazamento do vírus do laboratório chinês é “pouco provável”.

A OMS sugere que o vírus SARS-CoV-2 provavelmente teria sido transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal.

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