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Coreia do Norte faz maior teste de míssil nuclear e provoca Otan

"Ato de violência inaceitável", classificou o governo japonês

Thamirys Andrade - 24/03/2022 12h35 | atualizado em 24/03/2022 13h19

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un Foto: EFE/EPA/JORGE SILVA/ POOL

Nesta quinta-feira (24), a Coreia do Norte realizou um teste com seu maior míssil intercontinental com capacidade nuclear, lançando-o no mar de uma zona japonesa, a 170 quilômetros a oeste da província de Aomori. O disparo gerou condenação por parte dos Estados Unidos, Coreia do Sul e também do Japão, que classificou a ação como um “ato de violência inaceitável”. A ação do país, que é aliado da Rússia, ocorre poucas horas antes de a aliança militar ocidental, a Otan, se reunir para debater a guerra na Ucrânia.

Esse é o primeiro teste com o míssil balístico intercontinental Hwasong-17 desde 2017. Os anteriores fizeram com que o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, fosse até a Coreia do Norte pessoalmente para negociar com o ditador norte-coreano Kim Jong-un o fim dos lançamentos, mas as tentativas fracassaram.

Segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o novo artefato voou por 71 minutos, percorrendo uma distância de 1.080 quilômetros e atingindo altitude máxima de 6.200 quilômetros. Ele possui alcance suficiente para atingir o território dos Estados Unidos.

Em resposta, a Coreia do Sul disparou prontamente o míssil terra-terra Hyunmoo-2, um míssil navio-terra Haesung-II, dois ar-terra em direção ao mar e um do sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS). Os lançamentos ocorrem para confirmar a capacidade do país de atacar com precisão a origem do míssil da Coreia do Norte e todas as instalações de comando a qualquer momento, informou o Estado-Maior sul-coreano.

PREOCUPAÇÃO
Kim Jong-un é um dos poucos líderes de Estado que são aliados do presidente russo, Vladimir Putin. O disparo é um novo motivo de preocupação para o presidente Joe Biden, que participa de reunião com a Otan nesta quinta-feira em Bruxelas. A ocasião contará com os 29 chefes de governo dos países envolvidos no tratado militar ocidental.

Após o teste, os EUA pediram que a Coreia do Norte “cesse imediatamente suas ações desestabilizadoras”.

– Este lançamento é uma violação descarada de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e aumenta desnecessariamente as tensões e corre o risco de desestabilizar a situação de segurança na região. A porta não se fechou para a diplomacia, mas Pyongyang deve cessar imediatamente suas ações desestabilizadoras – alertou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, por sua vez, classificou a atitude do governo norte-coreano como um “ato de violência inaceitável” e disse que tratará do caso na reunião em Bruxelas. Ele adverte que a tecnologia de mísseis da Coreia do Norte está melhorando.

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