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Coreia do Norte exige que EUA retirem sanções

Comunicado foi feito pela imprensa oficial do país

Jade Nunes - 06/08/2018 15h38

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un Foto: EFE/Korea Summit Press

A imprensa oficial norte-coreana emitiu nesta segunda-feira (6) um comunicado pedindo que os Estados Unidos retirem as sanções impostas ao país, depois que o Executivo em Washington ameaçou manter estas medidas devido ao descumprimento do acordo para o desarmamento nuclear.

O regime deu esse posicionamento pelos meios oficiais de comunicação depois que a Casa Branca acusou a Coreia do Norte de ser “inconsistente” com relação à sua promessa de abandonar as armas atômicas e de afirmar que manteria as pressões diplomática e econômica.

Os veículos de comunicação norte-coreanos acusaram os Estados Unidos de atuarem de forma “oposta” ao estipulado na histórica cúpula realizada em junho em Singapura para melhorar os laços bilaterais, mesmo com o regime dando demonstrações de boa vontade com o desmantelamento das suas instalações nucleares ou a repatriação de restos mortais soldados americanos da Guerra da Coreia.

– As sanções dos Estados Unidos só ajudaram a conseguir com que a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial do país) adquirisse o status de potência nuclear e a reforçar as suas capacidades de autossuficiência – afirma o Rodong, o principal jornal sul-coreano, no editorial desta segunda.

Conforme o texto, também divulgado pela agência norte-coreana KCNA, o governo de Donald Trump está retrocedendo ao retomar a estratégia de sanções e pressão que várias administrações insistiram durante mais de meio século sem resultados.

– Se pensam que podem impor seus pedidos à força sem cumprir com os compromissos e acreditam que o conceito de sanções pode funcionar em algum contexto, nunca conseguirão o que querem – acrescenta o artigo, que também reivindica aos Estados Unidos “confiança e respeito” para que o processo de diálogo tenha resultados.

Nos últimos dias, a Casa Branca manifestou intenção de manter a pressão tanto diplomática quanto econômica sobre a Coreia do Norte depois que um relatório confidencial das Nações Unidas revelou que o país continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis.

Durante as reuniões ministeriais da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e de parceiros externos realizadas em Singapura, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, tachou de “inconsistentes” as ações do regime norte-coreano de prosseguir com a construção de mísseis de alcance com a promessa de se desfazer do armamento nuclear.

Pompeo afirmou que a Coreia do Norte viola as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, pediu para que as sanções aplicadas por este órgão fossem mantidas e criticou a Rússia por descumprir as medidas de pressão.

*Com informações da Agência EFE

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