Coreia do Norte confirma teste com míssil, e ONU faz reunião
Conselho de Segurança da organização se reúne nesta quarta-feira em sessão emergencial
Pleno.News - 20/10/2021 17h05 | atualizado em 20/10/2021 17h31
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza nesta quarta-feira (20) reunião de emergência para discutir o lançamento de mísseis balísticos, a partir de submarinos, pela Coreia do Norte. A notícia de lançamento do último míssil foi dada nessa terça-feira (19) pela Coreia do Sul e confirmada hoje por Pyongyang.
A Coreia do Norte confirmou que testou, com sucesso, um novo míssil balístico a partir de um submarino lançado na terça. O meio de comunicação estatal KCNA informou que o míssil foi disparado de um submarino, o mesmo utilizado no primeiro teste estratégico de mísseis balísticos, em 2016. O míssil partiu da localidade de Sinpo, no leste da Coreia do Norte, e voou cerca de 450 quilômetros (km), atingindo uma altura de 60 km.
Pyongyang tem desenvolvido vários testes com mísseis nas últimas semanas, lançando armas hipersônicas e de longo alcance. A imprensa estatal afirmou que a arma testada nesta terça-feira estava equipada com “muitas tecnologias avançadas de controle e orientação”, o que pode dificultar o seu monitoramento.
Os mísseis balísticos são considerados mais perigosos e ameaçadores do que os mísseis de cruzeiro, uma vez que podem transportar maior peso, têm mais alcance e são mais rápidos. Por essa razão, os testes com mísseis balísticos e com armas nucleares são proibidos pelas Nações Unidas.
REUNIÃO DE EMERGÊNCIA
O lançamento do novo míssil levou à convocação de uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU. A sessão, que será realizada nesta quarta-feira à porta fechada, foi solicitada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos (EUA).
Enquanto isso, chefes de inteligência sul-coreanos, japoneses e norte-americanos estão reunidos em Seul para discutir o tema. O enviado dos EUA à Coreia do Norte, Sung Kim, apelou novamente para o reinício das conversações bilaterais.
Ainda nesta semana, Sung Kim reiterou a posição do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, de que está aberto a encontros com Pyongyang sem pré-condições.
As negociações anteriores entre os EUA e a Coreia do Norte foram suspensas devido a divergências fundamentais sobre desnuclearização, que não permitiram chegar a um acordo. Os EUA querem que a Coreia do Norte abra mão das suas armas nucleares antes de avançarem para um alívio das restrições, mas Pyongyang recusou isto até agora.
Em comunicado nessa terça, o comando norte-americano do Indo-Pacífico disse estar ciente do último lançamento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte e que trabalharia em estreita colaboração com os aliados regionais para monitorar a situação.
– Os Estados Unidos condenam essas ações e apelam à Coreia do Norte para se abster de novos atos desestabilizadores. O compromisso dos EUA com a defesa da Coreia do Sul e do Japão continua de pé – acrescenta a nota.
Por sua vez, o dirigente norte-coreano Pyongyang responsabilizou, na semana passada, os EUA pela tensão na península coreana e afirmou que Washington é a “causa profunda” da instabilidade na região.
*Agência Brasil
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