Pleno.News - 01/06/2021 18h12 | atualizado em 15/10/2021 16h03

As autoridades médicas do Canadá aprovaram nesta terça-feira (1º) a aplicação de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer ou da Moderna para pessoas que receberam uma primeira aplicação com imunizante da AstraZeneca, em decisão baseada em um estudo realizado na Espanha.

A médica chefe do país, Theresa Tam, declarou em entrevista coletiva que a pesquisa espanhola mostrou que misturar as vacinas tem efeitos positivos.

– O estudo espanhol mostra que se você medir os anticorpos daqueles que receberam primeiro AstraZeneca e depois Pfizer, [constata que] a resposta imunológica foi realmente robusta – destacou Tam.

A pesquisa analisou os resultados de 670 voluntários de 18 a 59 anos que haviam recebido a primeira dose de AstraZeneca com dados de 450 voluntários inoculados com o imunizante Pfizer.

O Ministério da Saúde canadense detalhou nesta terça-feira que as pessoas que receberam a primeira dose de AstraZeneca poderão escolher entre receber uma segunda da mesma empresa ou de vacinas produzidas pela Pfizer ou pela Moderna, que utilizam a chamada tecnologia de RNA mensageiro (mRNA).

Porém, o Comitê de Assessoria Nacional de Imunização do Canadá (Naci) acrescentou que as pessoas que receberam uma primeira dose de vacinas com mRNA devem receber uma segunda dose do mesmo fabricante ou outra vacina do mesmo tipo, mas não da AstraZeneca.

Tam acrescentou que a decisão de trocar as vacinas contra a Covid-19 não é nova. A prática já é comum em imunizantes contra a gripe e a hepatite A.

As autoridades canadenses disseram também que 2,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca. Em comparação, 13 milhões foram inoculadas com uma primeira dose da Pfizer e 3,5 milhões, com a produto da Moderna.

O Canadá, que teve problemas de fornecimento de vacinas devido à falta de produção interna, é o único país industrializado que decidiu adiar o fornecimento da segunda dose por até quatro meses para priorizar a imunização parcial do máximo de habitantes possível.

Durante o fim de semana, o país também prorrogou por 30 dias a data de validade de 45 mil doses da vacina da AstraZeneca, que originalmente deveriam expirar em 1º de junho, após a revisão dos dados de estabilidade.

* EFE

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