Henrique Gimenes - 11/10/2019 15h16 | atualizado em 11/10/2019 16h25

Nesta sexta-feira (11), o mundo conheceu o vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2019. O escolhido foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, por seu papel na mediação de um conflito na fronteira entre a Etiópia e a Eritreia.

Com a vitória, Ahmed, que é cristão evangélico e membro da Ethiopian Full Gospel Believers’ Church, receberá um prêmio de cerca de R$ 3,7 milhões.

Desde 2018, quando se tornou primeiro-ministro, Ahmed demonstrou a intenção de retomar o processo de paz entre as duas nações. A vontade Ahmed resultou num acordo assinado entre os países vizinhos. O conflito na fronteira entre Etiópia e Eritreia já deixou mais de 80 mil pessoas mortas nos dois últimos anos.

Abiy é o líder mais jovem no continente africano, tendo 43 anos. Ele assumiu o posto em abril de 2018 com a promessa de democracia e reformas.

O anúncio do prêmio foi feito em Oslo, na Noruega. A organização lembrou que “quando Abiy Ahmed se tornou o primeiro-ministro em abril de 2018, ele deixou claro que desejava retomar o ritmo das negociações com a Eritreia. Em estreita cooperação com o presidente da Eritreia, Abiy Ahmed rapidamente elaborou os princípios para um acordo de paz que acabasse com o impasse entre os dois países”.

Ao receber o prêmio, o gabinete do primeiro-ministro da Etiópia afirmou que o prêmio e o reconhecimento “são uma vitória coletiva para todos os etíopes e um chamado para fortalecer nossa determinação em tornar a Etiópia, o novo horizonte de esperança, uma nação próspera para todos”.

Entre os nomes que disputavam com Abiy Ahmed, estava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ativista Greta Thunberg.

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