Pleno.News - 11/02/2021 14h13 | atualizado em 11/02/2021 14h49

A República Democrática do Congo confirmou nesta quinta-feira (11) um segundo caso de ebola: o de uma enfermeira que morreu no dia anterior, no nordeste do país, onde, no domingo, foi identificado um primeiro caso três meses após ter sido declarado o fim do 11º surto da doença.

Este segundo caso confirmado teve a morte confirmada em Masoya, no território de Butembo, na província de Kivu do Norte, disse à Agência Efe o coordenador nacional da resposta contra o ebola, Steve Ahuka.

A vítima era uma agricultora de aproximadamente 60 anos que esteve em contato com o primeiro contaminado, que morreu no dia 3 e já tinha apresentado os primeiros sintomas dois dias antes em Biena, no território de Lubero, também em Kivu do Norte.

– O trabalho de vigilância continua, assim como a listagem de todos os [172] contatos suspeitos até agora. A colaboração é muito boa com as comunidades locais – explicou Ahuka.

No dia 18 de novembro, a República Democrática do Congo anunciou o fim do 11º surto de ebola de sua história, localizado na província de Equador, que teve 130 casos e 55 mortes, de acordo com os números oficiais.

As autoridades tinham declarado o fim da décima epidemia meses antes, em junho de 2020. A propagação da doença atingiu três províncias do nordeste (Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri), desde agosto de 2018, e deixou 2.280 mortos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa foi a pior epidemia da história do país e a segunda mais grave do mundo. Entre 2014 e 2016, 11.300 pessoas morreram e mais de 28.500 foram infectadas na África Ocidental.

O ebola é transmitido por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. Causa febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90%.

*EFE

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