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Confeiteiro explica porque negou bolo a casamento gay

"Não precisam compartilhar de minhas ideias para aceitar minha liberdade"

Camille Dornelles - 06/06/2018 09h11 | atualizado em 21/06/2018 14h18

Jack Phillips, confeiteiro da Masterpiece Cakeshop Foto: Masterpiece Cakeshop

Nesta terça-feira (4), o confeiteiro Jack Phillips, que ganhou a ação por ter negado criar um bolo para um casamento gay, explicou os motivos por traz da recusa. No programa Today’s Show, da rede norte-americana NBC, o chef reafirmou suas crenças religiosas.

– Eu não discrimino ninguém. Eu apenas não crio bolos para toda e qualquer ocasião. Um casamento é um evento inerentemente religioso e o bolo definitivamente passa uma mensagem específica – defendeu.

O confeiteiro acrescentou que ofereceu outros tipos de sobremesas para o evento, mas os clientes negaram. Phillips também declarou que suas convicções religiosas o impedem de criar artes para festas de Halloween, anti-americanos e até que discrimine LGBTs ou outras pessoas.

– As pessoas não precisam compartilhar de minhas convicções para aceitar minha liberdade – declarou. Ele ainda defendeu que “ninguém deveria ser forçado a abandonar suas crenças só porque possui um negócio”.

O CASO
Nesta segunda-feira (4), a Suprema Corte dos Estados Unidos emitiu a decisão do caso judicial do confeiteiro Jack Phillips. Ele havia se negado a fazer um bolo de casamento para um casal homossexual em 2012 por convicções religiosas.

Dave Mullins e Charlie Craig processaram o chef confeiteiro e o caso foi encaminhado da Corte do Colorado para a Suprema Corte, instância máxima da Justiça norte-americana. Por 7 votos a 2, os magistrados afirmaram que Phillips tem o direito de se negar a fazer o bolo.

Contrariados, integrantes de grupos dos direitos LGBTs se voltaram contra a Suprema Corte sob o argumento de que a decisão encoraja a discriminação. A Casa negou as alegações.

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