Comissário Brasileiro nos EUA usava nome falso há 23 anos
Ricardo Cesar Guedes falsificou documento para conseguir passaporte americano
Pierre Borges - 05/01/2022 12h29 | atualizado em 05/01/2022 15h15
Um brasileiro que trabalhou durante 21 anos como comissário de bordo na United Airlines usava a identidade de um menino norte-americano que morreu aos quatro anos de idade. O caso foi aberto em setembro do ano passado e deve ir a julgamento no Texas, nos Estados Unidos.
Para conseguir um passaporte americano e poder trabalhar na United Airlines, o paulista Ricardo Cesar Guedes teria assumido, a partir de 1998, a identidade de William Ericosn Ladd, morto em um acidente de carro em 1979.
Conforme o site Business Insider, a criança que teve a identidade roubada nasceu em 1974, enquanto Ricardo nasceu em 1972. Por ser comissário, o brasileiro contornava os procedimentos de imigração embarcando como “tripulante conhecido”, de modo que não passava pela maioria das verificações de segurança.
Desde que falsificou sua identidade, Ricardo conseguiu renovar o documento seis vezes, até que, em dezembro de 2020, o Departamento de Estado finalmente identificou indícios de fraude.
Em julho de 2021, a mãe de Ladd, Debra Lynn Hays, confirmou, em depoimento, o nascimento e a morte de seu filho aos agentes. A identidade verdadeira do farsante foi descoberta a partir das digitais.
Ricardo foi preso no aeroporto antes de um embarque e responderá por ter fornecido declaração falsa em pedido de passaporte, por falsamente se passar por um cidadão americano e por entrar na área restrita do aeroporto sob falsos pretextos.
Por meio de nota, a United Airlines afirmou que Ricardo não integra mais seu quadro de funcionários.
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