Comissão dos EUA vota pelo fim da neutralidade de rede
Com decisão, empresas de internet banda larga poderão dar preferência para determinados tipos de dados
Henrique Gimenes - 14/12/2017 20h50
Nesta quinta-feira (14), a Comissão Federal das Comunicações dos Estados Unidos (FCC, em inglês) votou sobre as regras da internet no país. O órgão resolveu deixar de classificar a internet banda larga do país como um serviço de utilidade pública e passar a classificá-lo como um serviço de informação. Com a decisão, empresas provedoras no país poderão não aplicar o princípio da neutralidade de rede.
A regras haviam sido determinadas pelos EUA em 2015 e tinham a intenção de garantir que todos os dados online fossem transmitidos nas mesmas condições. Com o fim da neutralidade do país, as empresas poderão dar prioridade para alguns serviços em detrimento de outros. Elas poderão, por exemplo, cobrar a mais para que os consumidores façam streaming de vídeo ou música.
A medida era apoiada pelas empresas fornecedoras do serviços de internet banda larga, como a AT&T, a Comcast e a Verizon Communications. Já as empresas que fornecem serviços pela internet, como o Netflix, Facebook e o Google, se colocaram contra o fim da neutralidade de rede.
O FCC é composto por cinco membros e regula a área de telecomunicações nos EUA. Três deles, associados ao Partido Republicano, do presidente Donald Trump, votaram por rever as medidas que haviam sido aprovadas no governo de Barack Obama. A norma terá validade 60 dias após ser publicada no Registro Federal.
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