Comentário de atriz em defesa do aborto causa polêmica
Jane Fonda mencionou "assassinato" de políticos que são contra a prática
Pleno.News - 10/03/2023 20h59 | atualizado em 13/03/2023 10h59
Nesta sexta-feira (10), a atriz Jane Fonda causou polêmica ao mencionar o “assassinato” de políticos que se opõem ao aborto como uma das possibilidades para as mulheres dos Estados Unidos continuarem a poder interromper voluntariamente uma gravidez.
– Estamos no controle de nossos corpos há várias décadas e somos capazes de decidir quantos filhos queremos ter e quando. Agora que sabemos como é, não vamos voltar atrás, não me importam as leis, não vamos recuar – declarou a atriz e ativista.
A declaração foi dada no programa matinal The View.
A apresentadora Joy Behar perguntou à atriz quais ações ela sugeriria, além dos protestos, para lidar com as decisões políticas que afetam a liberdade das mulheres, ao que Fonda comentou.
– Bem, eu penso em assassinato.
O comentário dela foi interpretado pelas outras mulheres que participavam da conversa como uma brincadeira, mas a atriz, de 85 anos, não quis esclarecer se ela estava falando sério.
Dada a ambiguidade da situação, a congressista republicana Anna Paulina Luna interpretou suas palavras literalmente e em seu Twitter anunciou que havia notificado a Polícia do Capitólio sobre essa incitação ao “assassinato de políticos pró-vida”.
– Como membro pró-vida do Congresso e diante da falta de reação (de Fonda) para esclarecer que sua declaração era uma piada, levamos essa ameaça a sério – disse a congressista em um comunicado.
Luna também exigiu que o programa The View e a vencedora de dois Oscars de melhor atriz por Klute – O Passado Condena (1972) e Amargo Regresso (1979) se retratassem publicamente por seu “comportamento repugnante” durante a conversa.
Os comentários de Fonda chegam em meio a uma crescente onda de restrições em vários estados dos EUA aos direitos reprodutivos das mulheres, depois que a Suprema Corte do país derrubou o direito federal ao aborto em junho do ano passado.
A organização Planned Parenthood, que defende cuidados reprodutivos e médicos de alta qualidade e acessíveis no país, estima que 18 dos 50 estados proibiram o aborto nos EUA ou o restringiram severamente, e que em 13 deles o acesso a esse serviço é praticamente impossível, embora haja exceções.
*EFE
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