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Com oponentes presos, Ortega é reeleito presidente da Nicarágua

Daniel Ortega está no poder desde 2007

Pleno.News - 08/11/2021 10h21 | atualizado em 08/11/2021 11h03

Ditador Daniel Ortega Foto: EFE/Jorge Torres

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito para um quinto mandato de cinco anos, o quarto consecutivo, ao obter 74,99% dos votos nas eleições gerais do país, de acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Conselho Supremo Eleitoral (CSE).

Com sete aspirantes a candidatos presos, acusados de “traição à pátria”, Ortega, que está no poder desde 2007, havia largado com ampla vantagem para sair vencedor do pleito em chapa integrada ainda pela mulher dele, Rosario Murillo, que voltará a ser vice-presidente.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pela CCE, com 49,25% das 13.459 Juntas Receptoras de Votos (JRV) apuradas, o atual chefe de governo tem uma ampla vantagem em relação aos concorrentes que seguiram na disputa eleitoral.

O segundo colocado é o deputado Walter Espinoza, do Partido Liberal Constitucionalista, que tem 14,4% da preferência popular, seguido pelo também parlamentar e reverendo Guillermo Osorno, do Caminho Cristão Nicaraguense (CCN), que tem 3,44%..

Já Marcelo Montiel, da Aliança Liberal Nicaraguense (ALN), aparece com 3,27%; Gerson Gutiérrez Gasparín, da Aliança pela República (APRE), com 2,20%; e o deputado Mauricio Orué, do Partido Liberal Independente (PLI), com 1,70%.

Mais de 4,4 milhões de pessoas estavam aptas a votar nas eleições de domingo, que elegeriam presidente e vice-presidente, além de 90 deputados da Assembleia Nacional e mais 20 do Parlamento Centro-Americano (Parlacen).

De acordo com o CSE, houve a participação de 65,34% dos eleitores habilitados. No entanto, o observatório independente Urnas Abertas indicou que o índice de abstenção chegou a 81,5%.

As eleições da Nicarágua foram alvo de críticas de diversos setores nacionais e da comunidade internacional, devido à prisão de sete pré-candidatos, causando a ausência de oposição, assim como a eliminação de três partidos políticos, o impedimento de observação externa e a criação de leis que restringiram a participação.

Órgãos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia (UE) colocaram em dúvida a legitimidade do pleito, devido à falta de garantia sobre a transparência.

Depois do fechamento dos colégios eleitorais, o governo da Costa Rica anunciou que não reconheceria os resultados, pela “ausência de condições e garantias” necessárias em uma democracia.

*EFE

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