Paulo Moura - 26/07/2020 16h02 | atualizado em 26/07/2020 16h04

A ocorrência de temperaturas baixas, previstas para os próximos dias no Rio Grande do Sul, deve manter a nuvem de gafanhotos que se aproxima do território brasileiro na Argentina.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS (Seapdr), os insetos não se movimentaram nos últimos dias, e continuam a 98km de Barra do Quaraí, cidade mais próxima da fronteira com o Uruguai.

– Hoje [sábado] se manteve a condição de frio e eles estão fazendo voos pelo mesmo local. Não se agrupou a nuvem para fazer deslocamento. É uma situação que vai persistir pelos próximos dias em função das temperaturas baixas -declarou o fiscal agropecuário da Seapdr, Juliano Ritter.

Com a informação, o Ministério da Agricultura do Brasil ofereceu ajuda para a Argentina e o Uruguai nas ações de combate à praga. A expectativa é de que os insetos não entrem no país pelo Rio Grande do Sul pelo menos até a próxima quinta-feira (30).

Um avião agrícola jogou produtos químicos sobre uma mata de eucaliptos na província de Entre Ríos, na Região Nordeste da Argentina, onde a nuvem está concentrada desde a última terça-feira (21). A medida tem surtido já que, de acordo com o governo argentino, um terço da nuvem, que chegou a ter 15 quilômetros quadrados, já foi eliminada.

Os insetos ocupam atualmente uma área de 230 hectares, onde atacam plantações de laranjas e limões. As autoridades brasileiras seguem monitorando outras duas nuvens de gafanhotos, uma no Norte da Argentina e outra no Paraguai.

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