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Colombiana que teve eutanásia cancelada processa clínica

Paciente não terminal tinha morte assistida marcada para domingo

Thamirys Andrade - 11/10/2021 13h52 | atualizado em 11/10/2021 15h14

Martha sofre de esclerose lateral amiotrófica Foto: Reprodução / Twitter

Martha Liria Sepúlveda, colombiana de 51 anos que conseguiu o direito à eutanásia mesmo não sendo paciente em estado terminal, entrou na Justiça contra a clínica que suspendeu o procedimento horas antes da morte assistida nesse domingo (10). Segundo os advogados de Martha, a decisão do Instituto Colombiano del Dolor (Indocol) foi “cruel e desumana”.

Martha sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) e afirma sentir dores e não possuir mais o movimento de suas pernas. A doença não tem cura e é degenerativa. Na Corte Constitucional, ela conseguiu a inédita aprovação de eutanásia para paciente não terminal.

A morte de Martha estava marcada para ocorrer às 7h (9h em Brasília) de domingo, mas os profissionais da clínica decidiram de forma unânime suspender o procedimento após “ampla análise” do caso.

– A partir de relatórios atualizados do seu estado de saúde e da evolução da paciente, definiu-se que não se cumpre o critério de doença terminal que havia sido determinado por um primeiro comitê – assinalou a instituição.

O filho da colombiana, Federico Sepúlveda, considera a decisão “desrespeitosa e inaceitável”. Ele disse que foi tomada a partir de imagens de televisão e de uma consulta “feita de última hora”.

– De que melhora estão falando? Se, na consulta que minha mãe foi obrigada a ir a pedido do Incodol, a conclusão do especialista foi radicalmente diferente? A base para isso é uma avaliação que foi feita à minha mãe para a TV? – protestou, no Twitter.

Para Frederico, a mudança no posicionamento ocorreu devido à repercussão internacional do caso.

– Fizeram tudo em segredo e não nos avisaram que iam se reunir. A médica assistente não nos informou, o que é contrário às orientações destes procedimentos – disse, em entrevista à rádio La W.

À BBC Mundo, o advogado Lucas Corrêa disse que estão “forçando” Martha “a viver uma vida que ela não deseja continuar vivendo, com sofrimento e uma dor que ela considera incompatíveis com sua ideia de dignidade”.

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