Colômbia suspende buscas pelo cão que ajudou a achar crianças
Exército colombiano já havia informado que era improvável que Wilson fosse resgatado
Paulo Moura - 29/06/2023 07h48 | atualizado em 29/06/2023 12h19

As Forças Militares da Colômbia decidiram suspender as buscas pelo cachorro Wilson, que ajudou a achar as quatro crianças que ficaram desaparecidas por 40 dias após a queda de um avião na Floresta Amazônica. A informação foi repassada por autoridades, nesta quarta-feira (28), ao canal de notícias local Caracol.
– Usamos absolutamente todos os recursos, não poupamos esforços, usando todas as capacidades humanas e tecnológicas – disse Pedro Sánchez, comandante de operações especiais das Forças Armadas.
Wilson desapareceu depois de ajudar a encontrar o avião e os corpos de três adultos que morreram na queda da aeronave em maio. Mesmo após as crianças terem sido resgatadas, em junho, as buscas pelo cachorro continuaram. Na operação para encontrar o animal, comidas foram espalhadas pela selva. Uma cadela no cio também foi usada para atrair o cão.
Na última segunda (26), no entanto, o Exército já havia informado que era improvável que Wilson fosse resgatado. Cerca de 100 pessoas atuavam na operação para tentar achar o cão da raça pastor belga.
SOBRE O CASO
As quatro crianças, incluindo um bebê, que estavam perdidas há 40 dias na Amazônia colombiana após um acidente aéreo, foram encontradas vivas no dia 9 de junho. Os resgatados, que têm 13, 9, 5 e 1 ano de idade, receberam atendimento médico na cidade de San José del Guaviare, no sul da Colômbia, e depois foram transportados para a capital, Bogotá.
As crianças foram encontradas por uma equipe de buscas que incluía indígenas voluntários e forças especiais militares. A busca pelos desaparecidos envolveu 11 aeronaves. Ao longo dos dias, os militares chegaram a jogar refeições prontas e kits com apitos e isqueiros para fora dos aviões, na esperança que as crianças encontrassem.
O grupo de crianças estava em um avião Cessna 206 que caiu no dia 1° de maio. Rastreadores indígenas localizaram o avião duas semanas depois. O piloto Hernando Murcia, o líder indígena Yarupari Herman Mendoza Hernandez e a mãe das crianças, Magdalena Mucutuy, não sobreviveram à queda. O voo viajava da aldeia de Araracuara para San José.
A descoberta do avião desencadeou a busca pelas crianças, denominada Operação Esperança, que incluiu 113 militares trabalhando com 92 rastreadores indígenas.
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