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Clínica suspende eutanásia de mulher sem doença terminal

Morte estava prevista para ocorrer na manhã deste domingo

Thamirys Andrade - 10/10/2021 16h34 | atualizado em 11/10/2021 11h36

Martha Liria Sepúlveda tem esclerose lateral amiotrófica Foto: Reprodução/Federico Sepúlveda

A eutanásia da colombiana Martha Liria Spúlveda foi cancelada pelo Instituto Colombiano da Dor, que realizaria o procedimento às 7h deste domingo (10). Após “ampla análise” do caso da paciente sem estado terminal com esclerose lateral amiotrófica (ELA), profissionais do instituto foram unânimes em decidir pelo cancelamento da morte assistida.

– Segundo reunião realizada ontem, 8 de outubro, na qual se revisou e analisou de forma ampla e suficiente o pedido da senhora Martha Liria Spúlveda, concluiu-se de maneira unânime cancelar o procedimento de morte com dignidade através de eutanásia. A partir de relatórios atualizados do seu estado de saúde e da evolução da paciente, definiu-se que não se cumpre o critério de doença terminal que havia sido determinado por um primeiro comitê – disse o instituto em entrevista à rádio colombiana Caracol.

O advogado de Martha, Lucas Corrêa, disse à BBC Mundo que a decisão é “ilegal e arbitrária”.

– Eles a estão forçando a viver uma vida que ela não deseja continuar vivendo, com sofrimento e uma dor que ela considera incompatíveis com sua ideia de dignidade – afirmou.

A eutanásia é legalizada no país desde 1997 para doentes terminais em situações irreversíveis. Porém, em julho de 2021, a Corte Constitucional estendeu a prática para pacientes não terminais que padecem de “intenso sofrimento físico ou psíquico, proveniente de lesão corporal ou doença grave e sem cura”.

Martha, que relata sentir dores constantes e não ter mais o movimento das pernas, conseguiu autorização para a eutanásia e antecipou a data de sua morte do dia 31 para 10 de outubro, às 7h, por ser o horário que ia à missa.

– Sou uma pessoa católica, me considero alguém que crê muito em Deus, mas, repito, Deus não quer me ver sofrer e acredito que não quer ver ninguém sofrer. Nenhum pai quer ver seus filhos sofrerem. Para mim, a morte é um descanso – assinalou.

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