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Cientistas dizem que busca pela origem da Covid está paralisada

Segundo especialistas, janela de oportunidade para conduzir estudos importantes "está se fechando rapidamente"

Pleno.News - 25/08/2021 18h21 | atualizado em 25/08/2021 18h22

Cientistas alertam que busca pela origem da Covid está paralisada Foto: Reprodução

A pesquisa internacional para encontrar a origem do coronavírus SARS-Cov-2 está estagnada e a janela de oportunidade para conduzir alguns estudos científicos importantes “está se fechando rapidamente”, dizem os especialistas independentes encarregados dessa missão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a China nomearam um grupo conjunto de especialistas, que em outubro de 2020 foi encarregado de tentar estabelecer as origens da Covid-19. Recentemente, os membros independentes internacionais desse coletivo assinaram um artigo na revista Nature.

Os especialistas apresentaram um primeiro relatório em março, após uma visita de 28 dias a Wuhan com cientistas chineses, que “deveria ser a primeira etapa de um processo que está paralisado”.

Por isso, convocam a comunidade científica e líderes dos países a “unir forças” para acelerar a próxima fase de estudos “enquanto há tempo”.

O artigo não resume apenas o processo científico desenvolvido até agora, mas apela por “acelerar o trabalho científico de acompanhamento necessário para identificar como surgiu a Covid-19″.

– A janela de oportunidade para realizar esta investigação crucial está se fechando rapidamente: qualquer atraso tornará alguns dos estudos biologicamente impossíveis”, escrevem os especialistas independentes, lembrando que “compreender as origens de uma pandemia devastadora é uma prioridade global.

Nesse sentido, explicam como exemplo que os anticorpos contra SARS-CoV-2 diminuem, portanto, a coleta de mais amostras e a realização de testes em animais ou tratadores de animais que poderiam ter sido expostos antes de dezembro de 2019 darão resultados decrescentes.

Para uma segunda fase de estudos, os especialistas internacionais estabeleceram seis prioridades, incluindo o rastreamento crítico de pessoas e animais em regiões dentro e fora da China que apresentam as primeiras evidências de circulação do vírus; estudos específicos de possíveis reservatórios ou hospedeiros intermediários; e o seguimento de novas pistas confiáveis.

No mês passado, a OMS informou seus Estados-membros seu planejamento para criação de um comitê com o objetivo de supervisionar futuros estudos, mas a adoção desse novo processo para a missão sobre a origem do coronavírus “corre o risco de acrescentar vários meses de atraso”.

O primeiro relatório apresentado pelo grupo conjunto de especialistas internacionais e chineses não respondeu à pergunta sobre a origem do SARS-Cov-2 e o início da pandemia.

Suas conclusões observaram que não havia nenhuma evidência definitiva a favor ou contra qualquer uma das quatro hipóteses propostas. Um deles é a introdução zoonótica direta através de uma fuga de animais selvagens.

As outras três são vias zoonóticas indiretas: infecção pelo manuseio de animais de fazenda infectados; pelo consumo de alimentos contaminados ou de animais infectados, ou pela introdução por meio de um laboratório que trabalhe com vírus de animais.

*EFE

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