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Thamirys Andrade - 05/11/2021 17h19 | atualizado em 05/11/2021 17h52

Zhang Zhan
Zhang Zhan é considerada jornalista-cidadã pela Anistia Internacional Foto: Reprodução / Youtube

Presa por autoridades chinesas por fazer cobertura independente no início da pandemia no ano passado, a jornalista Zhang Zhan se encontra num estado de saúde muito debilitado devido a uma greve de fome. Nesta sexta-feira (5), a família dela expressou o temor de que a comunicadora, de 37 anos, não resista a este inverno.

Zhang Zhan entrou na mira das autoridades após reportar hospitais lotados em Wuhan, confusão nas ruas e o início do lockdown na cidade. Ela está entre os quatro jornalistas que desapareceram no país após divulgarem informações que contradiziam a narrativa do governo sobre a pandemia.

A chinesa é considerada pela Anistia Internacional uma “jornalista-cidadã”, ou seja, não está vinculada à imprensa tradicional, pois essa é controlada na China.

– Jornalistas-cidadãos enfrentam frequentes assédios por exporem informações que o governo gostaria que ficassem guardadas – afirma a Anistia.

Em maio de 2020, ela foi abordada por um homem não identificado, durante sua última gravação registrada. Ele perguntou se ela era jornalista e a ameaçou dizendo que, se ela divulgasse o material, seria responsabilizada. Dias depois, a polícia chinesa a prendeu, alegando que ela estaria “comprando briga e provocando problemas”.

No meio do ano passado, a jornalista protestou contra sua prisão, com uma greve de fome rigorosa, e ficou tão fraca que precisou a ir ao seu julgamento em uma cadeira de rodas. Ela foi condenada a quatro anos de prisão.

Em julho de 2021, Zhan, com apenas 40 quilos, foi levada até um hospital, em uma condição de saúde “dramática”, relatou a Anistia. Atualmente, ela protesta com uma greve parcial de fome, mas seu corpo se deteriora cada vez mais, segundo a organização de direitos humanos.

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