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China vai melhorar seu poderio nuclear para ‘se opor’ aos EUA

País, no entanto, afirmou que não deseja uma corrida armamentista

Pleno.News - 17/10/2021 14h42 | atualizado em 17/10/2021 15h45

bandeira china
China não quer corrida armamentista, mas vai melhorar poderio nuclear Foto: Pixabay

O editor-chefe do Global Times, jornal da China controlado pelo Partido Comunista Chinês(PCC), Hu Xijin, disse neste domingo (17), que o país asiático não quer uma corrida armamentista, mas vai melhorar seu poderio nuclear para se contrapor ao que ele chamou de “chantagens” dos Estados Unidos.

O comentário do jornalista vem após o Financial Times informar que Pequim testou um míssil hipersônico com capacidade nuclear em agosto. De acordo com cinco fontes ouvidas pelo jornal britânico, o foguete voou através do espaço antes de acelerar em direção ao seu alvo.

As fontes disseram também que a demonstração de capacidade espacial da China surpreendeu órgãos de inteligência americanos.

– A China não tem intenção de se envolver em uma corrida armamentista nuclear. Mas certamente melhorará a qualidade de sua dissuasão nuclear para garantir que os EUA abandonem a ideia de chantagem nuclear contra a China ou de usar forças nucleares para preencher uma lacuna, já que as forças convencionais dos EUA não podem esmagar a China – escreveu Hu Xijin em uma publicação no Twitter.

A declaração do chefe do Global Times também ocorre em um momento no qual as tensões entre Washington e Pequim têm aumentado.

No começo do mês, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, prometeu defender a ilha da crescente pressão militar de Pequim, que considera Taiwan como seu território. O arquipélago, que fica a 180 quilômetros da costa da China, tem o apoio dos EUA. O governo americano defende com frequência a independência da nação insular.

Também recentemente, a representante comercial do governo Joe Biden, Katherine Tai, disse não saber se poderia confiar na China com relação ao cumprimento da fase 1 do acordo comercial entre os dois países que foi fechado em janeiro de 2020, ainda durante o governo de Donald Trump.

“Por muito tempo, a falta de adesão da China às normas de comércio global minou a prosperidade dos americanos e de outros ao redor do mundo”, escreveu Tai em uma nota divulgada no dia quatro de outubro. Cinco dias depois, ela conversou por telefone com o principal negociador comercial do governo chinês, Liu He, para discutir o pacto comercial.

*AE

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