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China proíbe livros que façam menção a Deus, Bíblia e Cristo

Obras clássicas são manipuladas para atender à censura do governo

Rafael Ramos - 29/10/2019 17h34 | atualizado em 29/10/2019 17h36

Governo chinês censura obras importantes por citarem Deus Foto: Reprodução

Um dos países visitados pelo presidente Jair Bolsonaro em sua viagem oficial pela Ásia, a China censurou palavras como Deus, Bíblia e Cristo de livros das escolas primárias do país. A intenção é reduzir adesão a religiões, principalmente ao cristianismo, e forçar uma sinização. O termo se refere à exaltação do patriotismo nacionalista e do desprezo às religiões estrangeiras.

De acordo com a agência de notícias Asia News, desde o começo do ano, o governo publicou um livro para alunos do 5º ano com quatro histórias de escritores estrangeiros e outros textos de autores clássicos chineses. Apesar do Ministério da Educação Chinês afirmar que o livro oferece um entendimento de outras culturas, as histórias foram manipuladas para atender a necessidade do partido de abafar qualquer referência religiosa.

Um exemplo é a história A Pequena Vendedora de Fósforos, de Hans Christian Andersen. O trecho onde se lê “Quando uma estrela cai, uma alma vai estar com Deus” foi mudado para “Quando uma estrela cai, uma pessoa deixa esse mundo”. O mesmo aconteceu com clássicos como Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, onde o protagonista se empenha em recuperar três cópias da Bíblia. Ao invés disso, Crusoe trabalhou para “salvar alguns livros”. Na história Vanka, de Anton Chekhov, a palavra Cristo foi removida de todas as partes.

Nas universidades chinesas, os professores confiscam clássicos que contém palavras preocupantes à censura das religiões. Obras como O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas; Ressurreição, de Liev Tolstoi; e Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, são algumas lançadas nessa “fogueira da censura”.

Alguns sociólogos previram que a China pode vir a ser o maior país cristão do mundo em 2030. De acordo com o ranking de perseguição divulgado pela Missão Portas Abertas, o país ocupa a 27ª posição.

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