China obriga igrejas a não seguirem os 10 mandamentos
Partido Comunista força pastores a trocarem os textos de Moisés pelo discurso do presidente chinês
Rafael Ramos - 19/09/2019 13h10 | atualizado em 19/09/2019 13h56
Com mais de 97 milhões de cristãos em seu território, a China está forçando igrejas localizadas na província central de Henan a substituírem o texto dos dez Mandamentos por citações e trechos do discurso do presidente Xi Jinping feito em 2015 no Departamento do Trabalho.
Na visão de Jinping, isso é uma forma de apoiar a comunidade religiosa na interpretação de pensamentos. O líder afirma que “os valores socialistas centrais e a cultura chinesa ajudarão a imergir várias religiões da China”.
Igrejas que se recusaram a implementar a regra foram fechadas pelo Partido Comunista da China. Outras estão sob ameaça de entrar para a lista negra do governo. Câmaras de vigilância também têm sido instaladas para monitorar os fiéis e suas atividades religiosas.
Funcionários do governo declararam que quem não ousar cooperar estará lutando contra o país. Um pastor cristão disse que a China é uma ditadura e os cidadãos só podem obedecer ao Partido Comunista.
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