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China apoia Putin em conflito contra ocidente na Ucrânia

Chanceler chinês conversou com secretário de Estado dos EUA

Pleno.News - 28/01/2022 09h23 | atualizado em 14/03/2022 12h22

xi jinping e vladimir putin
O presidente da China e o da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin Foto: EFE/ Yuri Kochetkov

A China sinalizou nessa quinta-feira (27), pela primeira vez, apoio à Rússia no conflito contra americanos e europeus na Ucrânia. Wang Yi, chanceler chinês, disse que Moscou tem “preocupações de segurança razoáveis” que deveriam ser “levadas a sério”. Em conversa por videoconferência com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, Wang disse ser contra a expansão da Otan na Europa.

– A segurança regional não pode ser garantida pelo fortalecimento ou expansão dos blocos militares – afirmou.

Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China, na conversa com Blinken, o chanceler chinês disse que russos e americanos deveriam “abandonar a mentalidade da Guerra Fria” e negociar de maneira “equilibrada” uma solução.

De acordo com a transcrição da conversa, divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA, Blinken lembrou a Wang dos perigos globais de segurança e dos riscos econômicos que representariam novas agressões russas contra a Ucrânia.

TAIWAN
As relações entre Taiwan e China pairam sobre a decisão de Pequim de demonstrar apoio à Rússia. Alguns especialistas encaram a resposta de Washington a uma operação militar russa na Ucrânia como um teste de como os americanos reagiriam à decisão chinesa de anexar Taiwan, considerada parte do território da China e constantemente ameaçada de invasão.

A Ucrânia tem importância estratégica para a Rússia – assim como Taiwan tem para a China. Por isso, o Kremlin mobilizou mais de 100 mil soldados na fronteira ucraniana, provocando temores de que Vladimir Putin esteja pronto para ordenar uma invasão.

A Otan respondeu despachando navios, caças e tropas para países do Leste da Europa. Os EUA enviaram equipamentos, armas e munições para Kiev e colocaram 8,5 mil soldados de prontidão para serem enviados a qualquer momento para a região.

No mês passado, a Rússia tornou pública uma série de exigências para o fim da crise. Com oito pontos, a lista de Putin tem como principal demanda uma garantia de que países do Leste da Europa não serão aceitos na Otan. Além da Ucrânia, que apresentou sua candidatura em 2008, a Geórgia, uma ex-república soviética, e a Bósnia, que fazia parte da Iugoslávia, são candidatas a membro da aliança.

Putin também insiste que as forças da Otan e dos EUA suspendam exercícios militares perto das fronteiras russas e deixem os países do Leste da Europa, revertendo o avanço obtido até 1997, quando a Rússia, bastante enfraquecida, ainda sofria os efeitos do colapso da União Soviética.

IMPASSE
Na quarta-feira (26), os EUA e a Otan responderam por escrito às exigências de Putin, rejeitando todas. Os americanos afirmaram que as principais demandas da Rússia eram “inaceitáveis” e garantiram que a Ucrânia é soberana para solicitar sua adesão à aliança.

Nessa quinta-feira (27), a Rússia disse que as respostas deixaram “pouco motivo para otimismo”, mas manteve aberta a porta da diplomacia. O chanceler russo, Seguei Lavrov, afirmou que Putin analisará as cartas que o governo americano e a aliança militar lhe apresentaram e “decidirá sobre [seus] próximos passos”, após consultas com diplomatas e assessores.

*AE

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