Chile: Número de mortos em protestos sobe para 18
País vive onda de manifestações por causa de insatisfações com o governo Piñera
Camille Dornelles - 23/10/2019 12h37
O subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, confirmou nesta quarta-feira (23) que aumentou para 18 o número de mortes devido aos distúrbios causados durante os protestos contra a desigualdade social no país.
O número cresceu com as mortes de um adulto e uma criança em um atropelamento em massa no sul do país. Outra pessoa também morreu em um bairro da capital, Santiago. Os incidentes de violência em todo o país chegaram a 169 nas últimas 24 horas.
De acordo com Ubilla, 979 pessoas foram detidas. Do total das detenções realizadas na terça-feira, 592 ocorreram sob a vigência do toque de recolher, que foi aplicado em diversas partes do país.
– Quero destacar aqui que houve uma capacidade mais efetiva das forças policiais e de segurança, Carabineiros (polícia militar), PDI (Polícia de Investigação) e Forças Armadas, em termos de evitar estes saques e incêndios – afirmou o subsecretário do Interior.
Embora Ubilla tenha reconhecido que a violência diminuiu em comparação com o dia anterior, as manifestações se replicaram de novo por todo o país durante a terça-feira. A expectativa é que aconteça o mesmo nesta quarta-feira, por causa da convocação da greve geral.
Do total de 18 mortos, o órgão oficial conta cinco casos ocorridos pela intervenção dos agentes. Além disso, a organização constatou relatos de torturas e abusos das forças do Estado durante os protestos nos últimos cinco dias.
*Com informações da Agência EFE
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